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A administração pública burocrática foi adotada para substituir a administração patrimonialista, que definiu as monarquias absolutas, na qual o patrimônio público e o privado eram confundidos. Nesse tipo de administração, o Estado era entendido como propriedade do rei. O nepotismo e o empreguismo, senão a corrupção, eram a norma. Esse tipo de administração revelar-se-á incompatível com o capitalismo industrial e as democracias parlamentares, que surgem no século XIX. É essencial para o capitalismo a clara separação entre o Estado e o mercado; a democracia só pode existir quando a sociedade civil, formada por cidadãos, distingue-se do Estado ao mesmo tempo que o controla. Tornou-se assim necessário desenvolver um tipo de administração que partisse não apenas da clara distinção entre o público e o privado, mas também da separação entre o político e o administrador público. Surge assim a administração burocrática moderna, racional-legal.

Fonte: PEREIRA, Luiz Carlos Bresser. Revista do Serviço Público. Ano 47, Volume 121, Número I, Jan-Abr 1996. Disponível em https://revista.enap.gov.br/index.php/RSP/article/view/702/550


Analise as afirmativas abaixo considerando o texto acima e os conhecimentos sobre os modelos teóricos de administração pública patrimonialista, burocrática e gerencial.

1. No modelo de administração gerencial há uma clara segregação entre os interesses público e privado, com a valorização dos órgãos de controle e de transparência pública.

2. Um conjunto de costumes, tradições, boas práticas e normas não escritas são adotados no modelo de administração gerencial, em detrimento às normas formais e racionais (leis) legitimadas pela participação social.

3. No modelo de administração patrimonialista, ainda presente em diversos estados e municípios brasileiros, há participação e atuação coletiva de diferentes agentes sociais na elaboração de políticas públicas, além da participação social nos processos de tomada de decisão.

4. O formalismo, a impessoalidade, a divisão do trabalho, a hierarquia de autoridade, a racionalidade e a comunicação padronizada, formalizada e devidamente documentada, são características do modelo de administração burocrática.


Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
Pedro foi recentemente admitido como servidor em uma universidade federal e logo na primeira semana presenciou uma discussão entre dois colegas de seu setor, Carlos e João:
Carlos: Estou reclamando porque o notebook não é seu; é da universidade. Não é porque você o está utilizando para trabalhar que pode levá-lo para casa sem autorização.
João: Acontece que eu me responsabilizo por ele. Caso aconteça alguma coisa, eu pago. Carlos: Não é só isso. É uma questão de cumprimento das regras. Os bens públicos não são privados!
João: Você fica muito preso às regras. É por isso que as coisas não andam no serviço público! Carlos: Não confunda as coisas! Cumprir regras não me torna uma pessoa apegada excessivamente a elas. Você sabe que eu sempre defendi mais autonomia ao gestor público. O meu interesse sempre foi nos resultados, no bom atendimento do cidadão, mas temos que fazer isso com responsabilidade!
Com base na evolução dos modelos de administração pública no Brasil e na reforma do Estado, analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta.
I. A atitude de João que levou Carlos a criticá-lo pode ser relacionada a uma prática comum do modelo patrimonialista de administração pública.
II. O tipo de crítica feita por João a Carlos é comumente relacionado ao modelo burocrático de administração pública.
III. Aquilo que Carlos defende no último trecho do diálogo é coerente com o modelo gerencialista da administração pública.
Tradicionalmente, desde a fundação dos Estados Modernos após a Idade Média, os governantes se viam envolvidos com questões relativas à ganância de indivíduos e de grupos poderosos. Havia uma característica que definia o governo e a administração pública nas sociedades pré-capitalistas, que era a privatização do Estado, caracterizadora de um determinado modelo de administração pública. Posteriormente, com o advento do capitalismo e da democracia, emergiu um novo modelo de administração pública que visava proteger a coisa pública contra a privatização do Estado, por meio de um serviço público profissional. Estes dois modelos de administração pública são, respectivamente, denominados:
As exigências da nova ordem econômica mundial, o crescimento das demandas por serviços públicos, a expansão das funções sociais do Estado e a necessidade de demonstrar a eficiência da administração, levou a adoção de um novo modelo teórico de administração pública no Brasil. Esse novo modelo busca introduzir a cultura e técnicas gerenciais modernas, regra geral, oriundas da iniciativa privada, sucedendo os modelos adotados anteriormente, intitulados de:
É possível identificar três modelos na administração pública brasileira: patrimonialista, burocrático e gerencial.
A ideia de profissionalização, carreiras estruturadas, hierarquia funcional e impessoalidade são características do(s) modelo(s):