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Cargo: Assistente Social
Ano: 2023
Cargo: Procurador Jurídico
Ano: 2023
[...] Os usuários de Direito utilizam as petições como instrumentos de trabalho. Elas são responsáveis por intermediar a relação de trabalho com seus clientes. Assim, é necessário que eles tenham o domínio das normas gramaticais e da variedade lexical, a fim de tornar o documento mais inteligível.Trata-se, portanto, não somente de elementos redacionais, como coesão, concisão e coerência. A somatória desses conhecimentos corrobora para a melhoria da produção e da elocução.
O fato dos usuários de Direito aprenderem, compreenderem e internalizarem as normas de língua portuguesa faz com que possíveis erros gramaticais não comprometam instrumentos de trabalho como as petições, que é de uso comum para tal profissão.
Ainda que o ensino da língua portuguesa seja considerado importantíssimo, há uma lacuna a ser vencida, pois ele é aquém do considerado ideal, principalmente, em função da deficiência do ensino das séries iniciais que se estende até o ensino superior [...].
Texto extraído e adaptado da artigo: "A colocação pronominal na visão dos gramáticos da língua portuguesa", de Jonas Rodrigo Gonçalves e Kátia Letícia Dantas Tavares de Sousa.
Cargo: Advogado
Ano: 2017
I. ________ muitas brigas entre o árbitro e os jogadores, no jogo de ontem à noite. (HAVER) II. Teus irmãos, tu e eu __________ isso, na próxima semana. (COMPRAR) III. ___________ marido e mulher, durante a discussão. (OFENDER/SE) IV. Cerca de dez mil funcionários ________ à greve. (ADERIR) V. Os Estados Unidos da América ________ um novo presidente. (ELEGER)
DESAFIOS E SOLUÇÕES PARA A SAÚDE NO FUTURO
Ganha força a ideia de investir em inovação e tecnologia para atender a exigência por qualidade
<04/10/2016 - 13H10/ ATUALIZADO 12H11 / POR AMARÍLIS LAGE>
Do micro ao macro – assim precisa ser o olhar de quem está à frente de um grande projeto. Ao mesmo tempo em que é crucial monitorar e prever as falhas de um equipamento, não se pode perder de vista os futuros riscos que rondam um setor. E tudo depende, claro, de que esses diagnósticos sejam acompanhados por soluções efetivas.
É com esse foco que a GE Healthcare acaba de promover, no Rio, o Innovation Summit, um evento que reuniu cerca de 50 instituições para debater os desafios do atual modelo de negócios na área de saúde. O diagnóstico é de aumento de custos no setor, devido a alguns fatores. Um deles, a transformação demográfica da sociedade. Estima-se que, em 2030,20% da população brasileira terá mais de 60 anos. Com o envelhecimento, há uma maior incidência de doenças crônicas, cujo tratamento é até sete vezes mais caro que o de doenças infecciosas.
Esse e outros fatores, como a maior exigência por qualidade, prometem pressionar ainda mais o setor, que já está apreensivo. Segundo dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), as despesas do sistema vêm subindo, em média, 16% ao ano, desde 2010, enquanto as receitas de contraprestações aumentam cerca de 14%. Além disso, a Variação de Custos Médico-Hospitalares (VCMH) tem sido superior ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Nesse cenário, e com tais perspectivas, como reagir? Entre os participantes do Innovation Summit, ganha força a ideia de investir em inovação e tecnologia. Plataformas digitais, assim como análises de dados, podem suprir o setor com novas estratégias de negócios que levem tanto a um ganho de produtividade como de qualidade. “É preciso que haja uma mudança de foco. Ainda que os produtos e os resultados sejam importantes, os processos e o valor agregado são ainda mais”, disse Jörgen Nordenström, professor do Instituto Karolinska, uma das maiores faculdades de medicina da Europa.
Um bom exemplo dessa estratégia vem de Baltimore (EUA). O Hospital Johns Hopkins conseguiu diminuir o tempo de espera por atendimento ao instituir o primeiro centro de análise preditiva com foco na experiência dos pacientes. As mudanças, feitas em parceria com a GE, facilitaram tanto a visualização e compartilhamento de dados como a comunicação entre os funcionários, o que permitiu gerenciar melhor o fluxo de pessoas. A espera por um leito para internação, por exemplo, era de 6h e caiu para menos de 4h.
Daurio Speranzini Jr., Presidente e CEO da GE Healthcare para América Latina, destacou que o papel da companhia vai muito além da oferta de equipamentos – o foco está na conexão entre as máquinas e das máquinas com as pessoas, para obter dados que façam a diferença.
“Estamos atuando como uma consultora na área da saúde. Com soluções customizadas é possível acompanhar o crescimento dos negócios, ajudar na tomada de decisões com base em dados e estatísticas, além de auxiliar na escolha de melhores estratégias para obter um alto índice de produtividade”, destacou Speranzini Jr. “O sucesso desse processo depende muito de uma mudança cultural em todas as nossas organizações. Não se trata de um processo simples ou fácil, mas que garantirá o nosso sucesso no futuro que começa ser desenhado agora.”
Fonte: http://revistagalileu.globo.com/Caminhos-para-o-futuro/Saude/ noticia/2016/10/desafios-e-solucoes-para-o-futuro-da-saude.html
Cargo: Técnico de enfermagem
Ano: 2017
“A diversidade nas salas favorece o aprendizado”
Rachel A. Lotan, da Universidade de Stanford, defende a existência de classes mais heterogêneas e os trabalhos em grupo como estratégia para a equidade no ensino
THAIS PAIVA
24 de março de 2017
[1] Há quase vinte anos dirigindo o Programa de Formação de Professores da Universidade de Stanford, uma das mais renomadas dos Estados Unidos, e com forte trabalho direcionado à diversidade e equidade na educação, Rachel A. Lotan chama a atenção para o desafio duplo que é ser um aluno imigrante. “Eles precisam aprender o conteúdo curricular e a língua ao mesmo tempo”.
[2] A professora diz, no entanto, que uma solução para essa e outras questões de disparidade na escola é tão simples quanto eficaz: a aprendizagem cooperativa, isto é, trabalhos em grupo. Na medida em que interagem com seus colegas, aprendem de forma horizontal sobre diversas habilidades e assuntos escolares.
[3] Em São Paulo, onde esteve para o lançamento da primeira versão em português do seu livro Planejando o Trabalho em Grupo – Estratégias para Salas de Aula Heterogêneas (Instituto Sidarta), que escreveu em coautoria com Elizabeth Cohen (1932-2005), a professora falou sobre a importância do ensino para a equidade, as razões pelas quais deveríamos buscar salas heterogêneas e como a estratégia dos trabalhos em grupo pode favorecer uma educação mais democrática.
[4] Carta Educação: A senhora possui um amplo trabalho sobre o desafio de incluir estudantes com ascendência latina em escolas americanas. Em São Paulo, vemos uma situação semelhante com crianças imigrantes da Bolívia, Haiti e países africanos – dificuldade que é agravada pela barreira da língua. O que pode ser feito para mudar esse quadro?
[5] Rachel Lotan: O meu livro surgiu justamente dessa preocupação: como assegurar que esses alunos – imigrantes ou filhos de imigrantes – que estão aprendendo a língua usada na instrução, no nosso caso, o inglês, tenham oportunidades iguais de aprendizagem? Como esses alunos que se veem mal preparados comparados aos outros alunos que possuem o inglês como língua nativa podem melhorar seu desempenho? Qual o tipo de pedagogia que precisamos adotar para que isso aconteça? As crianças das quais você pergunta têm dois desafios: precisam aprender o conteúdo curricular e a língua ao mesmo tempo. Por isso, em alguns casos, a educação bilíngue pode ser uma resposta, mas nem sempre. Isso porque há classes onde cinco alunos são falantes do espanhol, sete falam suaíli, três falam chinês e todo o resto português. Nesses casos, que língua usar para o bilinguismo? Não funciona. Então, a resposta está em facilitar a interação e assegurar que as crianças se envolvam e tenham iniciativa. Segundo minha experiência, dar para elas livros e ensiná-las pontualmente palavras como “isso é uma mesa”, “isso é um livro” não é muito útil. No entanto, se você juntá-las e propor que elas façam algo em conjunto, elas vão ter que se comunicar e é nesse momento que a aprendizagem acontece. Por exemplo, precisamos fazer um experimento para descobrir em qual temperatura a água evapora. Eu não falo português, mas estou em um grupo com você que fala e te pergunto “como se diz isso?”, você me diz. Ao fim do dia, já aprendi 20 novas palavras, cheguei a algum lugar.
[6] CE: O que é uma sala de aula heterogênea e quão importante é ter diversidade nas escolas? Quais são os ganhos para alunos, professores e famílias?
[7] RL: Um dos aspectos da heterogeneidade nós acabamos de falar, a língua. E mesmo quando, por exemplo, nos Estados Unidos, você tem em uma sala apenas falantes de inglês, é sabido que crianças vindas de diferentes contextos sociais também se expressam diferentemente. Crianças da classe média têm um 4 repertório linguístico diferente das crianças que nasceram em lugares mais pobres, por uma série de razões como acesso à leitura, conversações, etc. Há também diferenças culturais, técnicas, raciais, na forma como as pessoas interagem, entre muitas outras. Então isso é uma classe heterogênea. Hoje, nos Estados Unidos, o cenário é de segregação, isto é, as classes estão menos heterogêneas etnicamente e em outros aspectos, inclusive, nas escolas públicas por conta da segregação residencial. É lamentável, porque a diversidade deveria ser uma meta, um valor, é um tesouro por uma série de razões. Há muitas pesquisas de relevância que mostram que a diversidade nas salas favorece o aprendizado. Alunos universitários, por exemplo, quando estão cercados por diversidade possuem um desenvolvimento intelectual muito maior. Isso porque quando você interage com pessoas que possuem perspectivas distintas da sua, você precisa explicar o seu ponto de vista e ouvir o do outro. E fazendo isso você aprende! Certamente, a diversidade também nos enriquece do ponto de vista cultural e humanístico, porque nos torna muito mais compreensíveis e tolerantes. Resumindo, nos torna pessoas melhores.
[8] CE: A senhora dirige o Programa de Formação de Professores de Stanford. Quais habilidades apontaria como essenciais para que o professor seja capaz de promover a equidade?
[9] RL: Antes de tudo, os professores precisam ter em mente os interesses de seus alunos, ou seja, lembrar constantemente que o seu trabalho é fazer o melhor que podem pelas crianças. Para que isso aconteça, meu conselho é: abra oportunidades, tente conhecer ao máximo seus alunos, se importe com eles e assegure que você espere o melhor deles. O professor está no comando da classe, então tem que saber orquestrar com competência o que acontece naquele ambiente.
[10] CE: Seu livro fala do trabalho em grupo como uma ferramenta eficiente para construir salas de aula mais equitativas. Por que a senhora acha que esse tipo de trabalho ainda é mal interpretado e visto com suspeita por pais, alunos e até mesmo professores. Como convencê-los de que trabalhar em grupo é uma boa estratégia de ensino e aprendizagem?
[11] RL: Acho que a maior parte das reclamações relacionadas ao trabalho em grupo vem de uma preocupação legítima que é quando a criança chega em casa e diz “odeio trabalho em grupo, fiz tudo sozinho, ninguém mais fez nada e todos tiraram a mesma nota”. Na outra ponta, temos a reclamação dos pais que dizem “você é o professor, é seu trabalho ensinar os alunos, então por que pede para meu filho ensinar os colegas? O que está fazendo em sala, tomando café?”. De fato, trabalhos em grupo mal feitos são um desastre. Então, se o professor optar por esse tipo de metodologia e todos os benefícios que ela traz para alunos e professores, precisa saber fazer direito. Isto é, precisa garantir que todo mundo participe igualmente, que os alunos tenham o tipo adequado de tarefa para desempenhar em grupo e que saibam como fazê-lo, porque ninguém nasce sabendo. Outro ponto importante é como avaliar. Não dê nota por grupo sem saber exatamente como o trabalho foi distribuído. Na verdade, eu iria além e diria não dê nota. O professor pode dar um retorno, um feedback para o grupo e seu processo, mas não uma nota. Outro fator importante é: como você reconhece que todo mundo ali tem algo para contribuir? Acho que é aí que nós, professores, pecamos. Muitas vezes só olhamos com atenção para as crianças que sabem ler, escrever e fazer tudo certo e rapidamente, mas não deveria ser assim.
[12] CE: Trabalhar em grupo incentiva uma aprendizagem mais democrática?
[13] RL: Sim. Ser democrático significa, por princípio, ouvir mais atentamente aquilo que os outros têm a dizer e, na outra parte, que os outros também te escutem com respeito. Praticar a democracia em sala é saber que todos têm um objetivo comum, que é o bem-estar da sociedade na qual você está inserido. E esse exercício acontece, principalmente, em grupos. Não acontece entre você e o computador, mas entre você e outras pessoas. Logo, trabalhar em grupo é literalmente começar a democracia desde o jardim de infância.
Disponível em: http://www.cartaeducacao.com.br/entrevistas/a-diversidade-nas-salas-favorece-o-aprendizado/. Acesso em: 29/03/2017. [adaptado].
TEXTO 2
Disponível em: http://sharllesguedes.blogspot.com.br/2015/03/charge-sobre-educacao.html. Acesso em: 04/04/2017.
Leia as afirmativas a seguir.
I. No trecho “Na medida em que interagem com seus colegas, aprendem de forma horizontal sobre diversas habilidades e assuntos escolares”, o sujeito dos verbos “interagir” e “aprender” pode ser recuperado no primeiro parágrafo.
II. De acordo com a norma culta, o uso do singular do verbo “ser” é facultativo no trecho “A professora diz, no entanto, que uma solução para essa e outras questões de disparidade na escola é tão simples quanto eficaz: a aprendizagem cooperativa...”.
III. O verbo “haver” pode ser classificado como impessoal no trecho “Isso porque há classes onde cinco alunos são falantes do espanhol, sete falam suaíli, três falam chinês e todo o resto português”, portanto deve ficar no singular.
Estão CORRETAS as afirmativas.