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Assim, alicerçaram-se nesse ambiente duas formulações assaz arraigadas no imaginário brasileiro contemporâneo sobre o passado do país. Primeiramente, o mito de que o português é um povo “burro”, de onde derivam as milhares de piadas e anedotas, nas quais sempre aparece um luso estúpido, de raciocínio pífio e ilógico, que tem comportamento desviante e que chega sempre a conclusões estapafúrdias e burlescas. A segunda formulação sintetiza-se no tradicional bordão repetido pelo senso comum: “se o Brasil tivesse sido colonizado pelos ingleses...”, com variações que substituem os ingleses por holandeses e por franceses.

[Eduardo França Paiva. De português a mestiço: o imaginário brasileiro sobre a colonização e sobre o Brasil. Em Lana Mara de Castro Siman e Thais Nívia de Lima e Fonseca (org). Inaugurando a História e construindo a nação. Discursos e imagens no ensino de História]

De acordo com o excerto, é correto afirmar que


As mudanças têm sido importantes para fazer com que os alunos passem da análise, observação e descrição do documento para uma fase em que este sirva para introduzi-lo no método histórico. Outro aspecto a destacar é que tais mudanças podem levar à superação da compreensão do documento como prova do real, para entendê-lo como documento figurado, como ponto de partida do fazer histórico na sala de aula. Isso pode ajudar o aluno a desenvolver o espirito crítico, reduzir a intervenção do professor, e diminuir a distância entre a história que se ensina e a história que se escreve.

[Maria Auxiliadora Schmidt. A formação do professor de História e o cotidiano da sala de aula. Em Circe Bittencourt (org). O saber histórico na sala de aula]

De acordo com o excerto em destaque, é correto afirmar que
Podemos dizer que todos esses documentos são obras humanas, não sendo possível, segundo Bakhtin, lê-los ou compreendê-los como simples objetos ou coisas que exemplificam contextos. Nos documentos existem sujeitos que falam e que constroem sentidos específicos para a realidade retratada, através de estilos comuns às suas épocas, de formas, de contornos e de materialidades que são, simultaneamente, originais.

[Antonia Terra. História e dialogismo. Em Circe Bittencourt (org). O saber histórico na sala de aula]

A partir do excerto e do artigo, é correto afirmar que
A historiografia brasileira tradicional, pautada na concepção positivista, que privilegiou a ação dos “heróis nacionais”, em detrimento de outros sujeitos históricos, teve respaldo na política de preservação patrimonial em nosso país. Elegemos, no decorrer da História, os bens culturais representativos dos segmentos dominantes, sobretudo os ligados ao elemento de origem europeia, e relegamos ao esquecimento a contribuição de outros segmentos étnicos na formação da cultura brasileira.
[Ricardo Oriá. Memória e ensino de história. Em Circe Bittencourt (org). O saber histórico na sala de aula]

Segundo o fragmento citado, é correto afirmar que

O aprofundamento de estudos culturais, principalmente no diálogo da História com a Antropologia, tem contribuído para um debate sobre os conceitos de cultura e de civilização. Alguns historiadores rejeitam o conceito de civilização [...]. (Parâmetros Curriculares Nacionais. Vol. História.)

Essa rejeição