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Os documentos são fundamentais no trabalho de produção do conhecimento histórico. Mas, a noção que se tem de documento, as abordagens e os tratamentos que fundamentam a sua utilização têm sofrido transformações ao longo do tempo. (Parâmetros Curriculares Nacionais. Vol. História.)

Nesse sentido, é correto afirmar que
No estudo da História, considera-se, ainda, a dimensão do tempo predominante no ritmo de organização da vida coletiva, ordenando e sequenciando, cotidianamente, as ações individuais e sociais. (Parâmetros Curriculares Nacionais. Vol. História)
Nesse sentido, cabe
Ao entrevistar a historiadora Natalie Zemon Davis, Maria Lucia Pallares-Burke pergunta:
Seu livro O Retorno de Martin Guerre, de 1983, gerou muitos debates e, ao lado de Montaillou, de Le Roy Ladurie, e O Queijo e os Vermes, de Ginzburg, tem sido elogiado como pertencente à tradição pós-modernista em historiografia. Concorda com essa visão? (Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke. As muitas faces da história – Nove entrevistas)
Essas três obras têm em comum a tendência historiográfica
O repúdio à História Política tradicional deveu-se à sua concentração no estudo do Estado-nação, dos comportamentos individuais dos grandes personagens, dos eventos circunstanciais e das situações conjunturais efêmeras. Esses acontecimentos eram organizados sob um racionalismo redutor das descontinuidades e das contradições. Dessa forma, a História Política passou a ser vista como retrato da ideologia dominante e ocultadora da verdadeira realidade. Ante as antigas acusações de demasiada preocupação com o efêmero e o meramente cronológico, há uma proposta atual de História Política. (Maria de Lourdes Monaco Janotti, História, política e ensino. Em: Circe Bittencourt (org.).O saber histórico na sala de aula. Adaptado)
A “proposta atual de História Política”, segundo Janotti,
“Diferentemente de filósofos e literatos, nós historiadores devemos dispor de evidências para sustentar nossos argumentos, e não podemos simplesmente extraí-las da nossa cabeça. Nós as extraímos, sim, das caixas dos arquivos. Compreendo, evidentemente, que outras disciplinas têm o seu próprio rigor, e que os historiadores também dão asas à imaginação (...) reconheço os aspectos literários e arbitrários da escrita da história. (...) Dizer que nós não podemos ter um conhecimento direto do passado não significa dizer que qualquer versão do passado seja válida ou que uma versão não possa ser melhor do que outra. Podemos entrar imaginativamente em outras vidas, perambular por outros mundos, fazer contato com outras esferas da experiência, e fazer tudo isso com rigor e não fantasias e com ficções.” (In: As múltiplas faces da História).
Na opinião de Robert Darnton, autor dessas reflexões, o trabalho do historiador precisa ser: