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GALVÃO, J. Disponível em: https://www.instagram.com/p/DKpImXIRMKZ/. Acesso em: 9 de jun.2025.
Nessa charge, a intenção discursiva é
Niède Guidon era, sobretudo, guerreira. Nunca parou de lutar, muitas vezes sozinha, assim como a mulher milenar enterrada com as armas e cujo corpo ela descobriu no início deste século em sua amada Serra da Capivara. Brigou para defender a arqueologia, o meio ambiente, e superar as injustiças sociais. O Brasil e a Humanidade devem a ela a descoberta e a preservação de um patrimônio cultural e natural único.
Quem teve o privilégio de conviver com ela, reconhecia que a personalidade forte e o jeito de ser que mimetizava o do sertão, podiam não ser fáceis. Niède era braba. Mas ela sabia que sem coragem e couraça não há quem enfrente os espinhos da Caatinga, as durezas da vida acadêmica, os perigos de defender o meio ambiente, a violência do preconceito e do machismo.
A mesma coragem que a levava morro acima para escavar um sítio arqueológico com pinos nos joelhos quando já passara dos 80 anos, a impulsionou para fazer o patrimônio da Serra da Capivara conhecido mundo afora. E tentou protegê-lo com todas as suas forças.
Há décadas a unidade de conservação criada graças a seus esforços já contava com placas trilíngues, projetos de visitação e modelo de gestão de um tipo que os demais parques brasileiros jamais chegaram a ter.
AZEVEDO, A. L. Guerreira, Niède Guidon nunca deixou de lutar para defender a arqueologia, o meio ambiente e superar as injustiças sociais. O Globo, Rio de Janeiro, jun.2025. Disponível em: https://oglobo.globo.com. Acesso em: 5 jun.2025. (Fragmento)
No trecho, a expressão destacada cumpre uma função argumentativa de
Quem teve o privilégio de conviver com ela, reconhecia que a personalidade forte e o jeito de ser que mimetizava o do sertão, podiam não ser fáceis. Niède era braba. Mas ela sabia que sem coragem e couraça não há quem enfrente os espinhos da Caatinga, as durezas da vida acadêmica, os perigos de defender o meio ambiente, a violência do preconceito e do machismo.
A mesma coragem que a levava morro acima para escavar um sítio arqueológico com pinos nos joelhos quando já passara dos 80 anos, a impulsionou para fazer o patrimônio da Serra da Capivara conhecido mundo afora. E tentou protegê-lo com todas as suas forças.
Há décadas a unidade de conservação criada graças a seus esforços já contava com placas trilíngues, projetos de visitação e modelo de gestão de um tipo que os demais parques brasileiros jamais chegaram a ter.
AZEVEDO, A. L. Guerreira, Niède Guidon nunca deixou de lutar para defender a arqueologia, o meio ambiente e superar as injustiças sociais. O Globo, Rio de Janeiro, jun.2025. Disponível em: https://oglobo.globo.com. Acesso em: 5 jun.2025. (Fragmento)
No trecho, a expressão destacada cumpre uma função argumentativa de
Um novo estudo publicado na revista Nature Communications buscou compreender os segredos celulares por trás de uma habilidade extraordinária dos axolotes: a regeneração de membros inteiros.
O superpoder funciona mais ou menos assim: se um predador morde um pedaço do corpo do bichano (ou se um acidente cria alguma deficiência), basta ficar escondidinho por um tempo, esperando a parte do organismo crescer do zero. E eles não regeneram apenas membros perdidos, mas também partes do coração, pulmões e até mesmo do cérebro.
Liderada pelo biólogo James Monaghan, da Universidade Northeastern (EUA), uma equipe de pesquisadores usou axolotes geneticamente modificados para brilhar sob a luz do retinoato de sódio — uma forma ativa do ácido retinóico, derivada da vitamina A. O plano era rastrear, em tempo real, como esse composto químico guia as células para que elas “saibam” exatamente qual parte do corpo precisa reconstruir. (...)
A grande questão, porém, é: como as células sabem o que precisa crescer de volta? Um membro amputado no ombro, por exemplo, precisa gerar um braço inteiro; já não há antebraço, apenas a parte restante. É aí que entra o ácido retinoico. Ele funciona como um “GPS biológico”, segundo os pesquisadores.
No experimento, os axolotes foram anestesiados e submetidos a amputações cuidadosamente controladas. Alguns receberam um medicamento que bloqueia a enzima responsável pela degradação do ácido retinóico, a CYP26B1. O resultado mostrou que os animais regeneraram membros de forma errada — um braço superior surgiu no lugar de um antebraço, por exemplo. Já o grupo controle, sem o bloqueio da enzima, reconstruiu os membros corretamente.
“É como se a concentração do ácido dissesse à célula onde ela está no corpo”, explica Monaghan para o jornal americano. "Quanto mais ácido, mais próximo do centro. Menos ácido, mais distante."
Esse mapeamento químico ativa genes específicos, como o Shox, que são fundamentais para o desenvolvimento dos ossos em braços e pernas — tanto na formação embrionária quanto na regeneração. Segundo os cientistas, todos os humanos já utilizaram esses mesmos genes para formar seus membros no útero. A diferença é que axolotes conseguem reativá-los na vida adulta. (...)
MOURÃO, M. Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/axolote-cientistas-descobrem-como-animal-regenera-seu-corpo/. Acesso em: 12 de jun.2025. (Fragmento)
Considerando os movimentos referenciais no texto, assinale a alternativa cuja expressão destacada retome um referente discursivo.
O superpoder funciona mais ou menos assim: se um predador morde um pedaço do corpo do bichano (ou se um acidente cria alguma deficiência), basta ficar escondidinho por um tempo, esperando a parte do organismo crescer do zero. E eles não regeneram apenas membros perdidos, mas também partes do coração, pulmões e até mesmo do cérebro.
Liderada pelo biólogo James Monaghan, da Universidade Northeastern (EUA), uma equipe de pesquisadores usou axolotes geneticamente modificados para brilhar sob a luz do retinoato de sódio — uma forma ativa do ácido retinóico, derivada da vitamina A. O plano era rastrear, em tempo real, como esse composto químico guia as células para que elas “saibam” exatamente qual parte do corpo precisa reconstruir. (...)
A grande questão, porém, é: como as células sabem o que precisa crescer de volta? Um membro amputado no ombro, por exemplo, precisa gerar um braço inteiro; já não há antebraço, apenas a parte restante. É aí que entra o ácido retinoico. Ele funciona como um “GPS biológico”, segundo os pesquisadores.
No experimento, os axolotes foram anestesiados e submetidos a amputações cuidadosamente controladas. Alguns receberam um medicamento que bloqueia a enzima responsável pela degradação do ácido retinóico, a CYP26B1. O resultado mostrou que os animais regeneraram membros de forma errada — um braço superior surgiu no lugar de um antebraço, por exemplo. Já o grupo controle, sem o bloqueio da enzima, reconstruiu os membros corretamente.
“É como se a concentração do ácido dissesse à célula onde ela está no corpo”, explica Monaghan para o jornal americano. "Quanto mais ácido, mais próximo do centro. Menos ácido, mais distante."
Esse mapeamento químico ativa genes específicos, como o Shox, que são fundamentais para o desenvolvimento dos ossos em braços e pernas — tanto na formação embrionária quanto na regeneração. Segundo os cientistas, todos os humanos já utilizaram esses mesmos genes para formar seus membros no útero. A diferença é que axolotes conseguem reativá-los na vida adulta. (...)
MOURÃO, M. Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/axolote-cientistas-descobrem-como-animal-regenera-seu-corpo/. Acesso em: 12 de jun.2025. (Fragmento)
Considerando os movimentos referenciais no texto, assinale a alternativa cuja expressão destacada retome um referente discursivo.
Três séculos antes de Cristo, Alexandre, o Grande, conquistou o Egito e mandou erguer, do zero, uma metrópole no litoral norte do país. Alexandria, batizada em homenagem a seu patrono desumilde, seria a nova capital da região. A estética faraônica clichê, dourada e azul, prevaleceu por lá (bem como o hábito egípcio de os nobres se casarem entre irmãos, à moda Cersei em Game of Thrones). Mas esse novo Egito Antigo, assim como o próprio Alexandre, tinha uma pinta grega inegável.
O sucessor do Xandão por aquelas bandas, nomeado Ptolomeu I, ordenou a construção de um centro de ensino e pesquisa em Alexandria para atrair a elite intelectual da época. Tipo uma versão helênica e antiquíssima do Instituto de Estudos Avançados de Princeton, onde monstros sagrados das exatas como Einstein, Gödel e Neumann trabalharam juntos na década de 1950.
O nome dessa instituição era Mouseion. Em português, “Museu”. O significado original da palavra é “templo dedicado às musas” – as deusas do panteão grego que, na tradição helênica, inspiravam as artes, a literatura e a ciência. Essa também é a origem etimológica de “música”, diga-se. Compôs uma bela canção? Legal, mas não foi bem você. Tudo que é belo emana dessas divas – artistas são só os meros mortais que, volta e meia, têm o privilégio de receber um download de versos do Olimpo.
VAIANO, B. A Biblioteca de Alexandria não foi destruída pelo fogo, mas pelo esquecimento. Superinteressante, São Paulo,16 maio 2025. Disponível em: https://super.abril.com.br/. Acesso em: 28 mai.2025. (Fragmento)
No trecho em destaque, a metáfora utilizada pelo autor produz o seguinte efeito de sentido:
O sucessor do Xandão por aquelas bandas, nomeado Ptolomeu I, ordenou a construção de um centro de ensino e pesquisa em Alexandria para atrair a elite intelectual da época. Tipo uma versão helênica e antiquíssima do Instituto de Estudos Avançados de Princeton, onde monstros sagrados das exatas como Einstein, Gödel e Neumann trabalharam juntos na década de 1950.
O nome dessa instituição era Mouseion. Em português, “Museu”. O significado original da palavra é “templo dedicado às musas” – as deusas do panteão grego que, na tradição helênica, inspiravam as artes, a literatura e a ciência. Essa também é a origem etimológica de “música”, diga-se. Compôs uma bela canção? Legal, mas não foi bem você. Tudo que é belo emana dessas divas – artistas são só os meros mortais que, volta e meia, têm o privilégio de receber um download de versos do Olimpo.
VAIANO, B. A Biblioteca de Alexandria não foi destruída pelo fogo, mas pelo esquecimento. Superinteressante, São Paulo,16 maio 2025. Disponível em: https://super.abril.com.br/. Acesso em: 28 mai.2025. (Fragmento)
No trecho em destaque, a metáfora utilizada pelo autor produz o seguinte efeito de sentido:
Fotografar vegetais, minerais e animais foi uma novidade em minha vida de fotógrafo até então dedicada às questões sociais; uma verdadeira aventura e um grande aprendizado. Mas nem por isso me esqueci dos homens. Apenas procurei-os tal como vivem, tal como vivíamos todos há algumas dezenas de milhares de anos. Para retraçar as origens da espécie humana, trabalhei com grupos que ainda vivem em equilíbrio com a natureza. Não necessariamente as tribos mais afastadas de nossa civilização. Fui por exemplo ao Alto Xingu, no Mato Grosso, região central do Brasil banhada pelo rio Xingu, um afluente do Amazonas. Sua população indígena de aproximadamente 2500 habitantes, que se comunicam em aruaque, caribe e tupi, se divide em treze aldeias espalhadas por um território equivalente a cerca de duas vezes o tamanho da Bélgica. A descoberta desses povos data dos anos 1950. Hoje, esses índios usam chinelos, têm facões. Graças a uma telha solar, captam ondas de rádio. À tarde, recebem assistência médica por rádio da Funai, e quando o enfermeiro não consegue ajudá-los sozinho, um pequeno avião vem buscá-los para levá-los a um hospital. Eles têm perfeita consciência, portanto, de que são uma minoria à margem da maioria. Sabem o que acontece no mundo e conhecem bem a civilização ocidental. Mas continuam vivendo nus, a existência deles continua ritmada por um calendário de ritos de inspiração cósmica e mitológica, que dão origem a cerimônias que ocorrem ora numa, ora noutra aldeia, e para as quais todos são convidados.
SALGADO, S.; FRANCQ, I. Da minha terra à Terra. Tradução de Julia da Rosa Simões. São Paulo: Paralela,2014. (Fragmento retirado do capítulo “E o homem em tudo isso?”)
No trecho destacado, o conectivo “mas” introduz uma ideia de
SALGADO, S.; FRANCQ, I. Da minha terra à Terra. Tradução de Julia da Rosa Simões. São Paulo: Paralela,2014. (Fragmento retirado do capítulo “E o homem em tudo isso?”)
No trecho destacado, o conectivo “mas” introduz uma ideia de