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Niède Guidon era, sobretudo, guerreira. Nunca parou de lutar, muitas vezes sozinha, assim como a mulher milenar enterrada com as armas e cujo corpo ela descobriu no início deste século em sua amada Serra da Capivara. Brigou para defender a arqueologia, o meio ambiente, e superar as injustiças sociais. O Brasil e a Humanidade devem a ela a descoberta e a preservação de um patrimônio cultural e natural único.
Quem teve o privilégio de conviver com ela, reconhecia que a personalidade forte e o jeito de ser que mimetizava o do sertão, podiam não ser fáceis. Niède era braba. Mas ela sabia que sem coragem e couraça não há quem enfrente os espinhos da Caatinga, as durezas da vida acadêmica, os perigos de defender o meio ambiente, a violência do preconceito e do machismo.
A mesma coragem que a levava morro acima para escavar um sítio arqueológico com pinos nos joelhos quando já passara dos 80 anos, a impulsionou para fazer o patrimônio da Serra da Capivara conhecido mundo afora. E tentou protegê-lo com todas as suas forças.
Há décadas a unidade de conservação criada graças a seus esforços já contava com placas trilíngues, projetos de visitação e modelo de gestão de um tipo que os demais parques brasileiros jamais chegaram a ter.
AZEVEDO, A. L. Guerreira, Niède Guidon nunca deixou de lutar para defender a arqueologia, o meio ambiente e superar as injustiças sociais. O Globo, Rio de Janeiro, jun.2025. Disponível em: https://oglobo.globo.com. Acesso em: 5 jun.2025. (Fragmento)
No trecho, a expressão destacada cumpre uma função argumentativa de
Quem teve o privilégio de conviver com ela, reconhecia que a personalidade forte e o jeito de ser que mimetizava o do sertão, podiam não ser fáceis. Niède era braba. Mas ela sabia que sem coragem e couraça não há quem enfrente os espinhos da Caatinga, as durezas da vida acadêmica, os perigos de defender o meio ambiente, a violência do preconceito e do machismo.
A mesma coragem que a levava morro acima para escavar um sítio arqueológico com pinos nos joelhos quando já passara dos 80 anos, a impulsionou para fazer o patrimônio da Serra da Capivara conhecido mundo afora. E tentou protegê-lo com todas as suas forças.
Há décadas a unidade de conservação criada graças a seus esforços já contava com placas trilíngues, projetos de visitação e modelo de gestão de um tipo que os demais parques brasileiros jamais chegaram a ter.
AZEVEDO, A. L. Guerreira, Niède Guidon nunca deixou de lutar para defender a arqueologia, o meio ambiente e superar as injustiças sociais. O Globo, Rio de Janeiro, jun.2025. Disponível em: https://oglobo.globo.com. Acesso em: 5 jun.2025. (Fragmento)
No trecho, a expressão destacada cumpre uma função argumentativa de
Um novo estudo publicado na revista Nature Communications buscou compreender os segredos celulares por trás de uma habilidade extraordinária dos axolotes: a regeneração de membros inteiros.
O superpoder funciona mais ou menos assim: se um predador morde um pedaço do corpo do bichano (ou se um acidente cria alguma deficiência), basta ficar escondidinho por um tempo, esperando a parte do organismo crescer do zero. E eles não regeneram apenas membros perdidos, mas também partes do coração, pulmões e até mesmo do cérebro.
Liderada pelo biólogo James Monaghan, da Universidade Northeastern (EUA), uma equipe de pesquisadores usou axolotes geneticamente modificados para brilhar sob a luz do retinoato de sódio — uma forma ativa do ácido retinóico, derivada da vitamina A. O plano era rastrear, em tempo real, como esse composto químico guia as células para que elas “saibam” exatamente qual parte do corpo precisa reconstruir. (...)
A grande questão, porém, é: como as células sabem o que precisa crescer de volta? Um membro amputado no ombro, por exemplo, precisa gerar um braço inteiro; já não há antebraço, apenas a parte restante. É aí que entra o ácido retinoico. Ele funciona como um “GPS biológico”, segundo os pesquisadores.
No experimento, os axolotes foram anestesiados e submetidos a amputações cuidadosamente controladas. Alguns receberam um medicamento que bloqueia a enzima responsável pela degradação do ácido retinóico, a CYP26B1. O resultado mostrou que os animais regeneraram membros de forma errada — um braço superior surgiu no lugar de um antebraço, por exemplo. Já o grupo controle, sem o bloqueio da enzima, reconstruiu os membros corretamente.
“É como se a concentração do ácido dissesse à célula onde ela está no corpo”, explica Monaghan para o jornal americano. "Quanto mais ácido, mais próximo do centro. Menos ácido, mais distante."
Esse mapeamento químico ativa genes específicos, como o Shox, que são fundamentais para o desenvolvimento dos ossos em braços e pernas — tanto na formação embrionária quanto na regeneração. Segundo os cientistas, todos os humanos já utilizaram esses mesmos genes para formar seus membros no útero. A diferença é que axolotes conseguem reativá-los na vida adulta. (...)
MOURÃO, M. Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/axolote-cientistas-descobrem-como-animal-regenera-seu-corpo/. Acesso em: 12 de jun.2025. (Fragmento)
Considerando os movimentos referenciais no texto, assinale a alternativa cuja expressão destacada retome um referente discursivo.
O superpoder funciona mais ou menos assim: se um predador morde um pedaço do corpo do bichano (ou se um acidente cria alguma deficiência), basta ficar escondidinho por um tempo, esperando a parte do organismo crescer do zero. E eles não regeneram apenas membros perdidos, mas também partes do coração, pulmões e até mesmo do cérebro.
Liderada pelo biólogo James Monaghan, da Universidade Northeastern (EUA), uma equipe de pesquisadores usou axolotes geneticamente modificados para brilhar sob a luz do retinoato de sódio — uma forma ativa do ácido retinóico, derivada da vitamina A. O plano era rastrear, em tempo real, como esse composto químico guia as células para que elas “saibam” exatamente qual parte do corpo precisa reconstruir. (...)
A grande questão, porém, é: como as células sabem o que precisa crescer de volta? Um membro amputado no ombro, por exemplo, precisa gerar um braço inteiro; já não há antebraço, apenas a parte restante. É aí que entra o ácido retinoico. Ele funciona como um “GPS biológico”, segundo os pesquisadores.
No experimento, os axolotes foram anestesiados e submetidos a amputações cuidadosamente controladas. Alguns receberam um medicamento que bloqueia a enzima responsável pela degradação do ácido retinóico, a CYP26B1. O resultado mostrou que os animais regeneraram membros de forma errada — um braço superior surgiu no lugar de um antebraço, por exemplo. Já o grupo controle, sem o bloqueio da enzima, reconstruiu os membros corretamente.
“É como se a concentração do ácido dissesse à célula onde ela está no corpo”, explica Monaghan para o jornal americano. "Quanto mais ácido, mais próximo do centro. Menos ácido, mais distante."
Esse mapeamento químico ativa genes específicos, como o Shox, que são fundamentais para o desenvolvimento dos ossos em braços e pernas — tanto na formação embrionária quanto na regeneração. Segundo os cientistas, todos os humanos já utilizaram esses mesmos genes para formar seus membros no útero. A diferença é que axolotes conseguem reativá-los na vida adulta. (...)
MOURÃO, M. Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/axolote-cientistas-descobrem-como-animal-regenera-seu-corpo/. Acesso em: 12 de jun.2025. (Fragmento)
Considerando os movimentos referenciais no texto, assinale a alternativa cuja expressão destacada retome um referente discursivo.
Por que a espuma é sempre branca, não importa a cor do sabão?
Em primeiro lugar, porque os corantes se dissolvem bastante ao entrar em contato com a água. Segundo, porque as bolhas que formam a espuma são bem fininhas.
“A cor, que já não era tão forte depois de ter sido diluída, torna-se ainda mais fraca nessa camada fina”, diz o químico Massuo Jorge Kato, da USP. Assim, cada bolha da espuma fica quase transparente.
Mas, então, por que a espuma é branca, e não translúcida como uma bolha isolada?
É que cada bolha desvia pelo menos um pouquinho dos raios de luz que chegam até ela. Quanto se juntam incontáveis bolhinhas, como na espuma, os raios acabam sendo ricocheteados para todos os lados, como se estivessem em um jogo de espelhos.
Como cada um desses raios corresponde a uma cor diferente, todos os tons possíveis são refletidos para os nossos olhos ao mesmo tempo. E adivinhe qual é a cor que surge da junção de todas as outras? É isso mesmo, a branca.
Revista Mundo Estranho. Disponível em: https://super.abril.com.br/coluna/oraculo/por-que-a-espuma-e-sempre-branca-nao-importa-acor-do-sabao/. Acesso em: 9 de maio 2025.
Considerando o texto, assinale a alternativa que NÃO apresenta relação comparativa.
Em primeiro lugar, porque os corantes se dissolvem bastante ao entrar em contato com a água. Segundo, porque as bolhas que formam a espuma são bem fininhas.
“A cor, que já não era tão forte depois de ter sido diluída, torna-se ainda mais fraca nessa camada fina”, diz o químico Massuo Jorge Kato, da USP. Assim, cada bolha da espuma fica quase transparente.
Mas, então, por que a espuma é branca, e não translúcida como uma bolha isolada?
É que cada bolha desvia pelo menos um pouquinho dos raios de luz que chegam até ela. Quanto se juntam incontáveis bolhinhas, como na espuma, os raios acabam sendo ricocheteados para todos os lados, como se estivessem em um jogo de espelhos.
Como cada um desses raios corresponde a uma cor diferente, todos os tons possíveis são refletidos para os nossos olhos ao mesmo tempo. E adivinhe qual é a cor que surge da junção de todas as outras? É isso mesmo, a branca.
Revista Mundo Estranho. Disponível em: https://super.abril.com.br/coluna/oraculo/por-que-a-espuma-e-sempre-branca-nao-importa-acor-do-sabao/. Acesso em: 9 de maio 2025.
Considerando o texto, assinale a alternativa que NÃO apresenta relação comparativa.
Mas comecemos por Karoline. Trabalhando em uma fábrica de roupas, a protagonista não tem notícias do marido, que se alistara para lutar na guerra, há mais de um ano e, em um misto de desespero por ter sido despejada e oportunidade, por perceber que o dono da fábrica se interessara por ela, passa a ter um relacionamento com ele, o que a leva a engravidar. O que segue, daí, é uma espiral ainda mais intensa de pura dor e miséria que a leva à esfera de influência de Dagmar, que promete encontrar um bom lar para o bebê, o que só amplifica os horrores que são descortinados em uma excelente, mas angustiante cadência de queima lenta que não poupa o espectador de absolutamente nada. Mas é importante compreender, para aqueles que esperarem um filme sobre a referida serial killer, que A Garota da Agulha não tem esse feitio e o foco permanece constantemente em Karoline. A primeira coisa que chama atenção é a transformação de Vic Carmen Sonne, uma bela atriz, em sua versão completamente sem glamour, com dentes tortos, cabelos desgrenhados, uma leve corcunda e uma linguagem corporal que transmite fragilidade, em um resultado que não só é realista, especialmente para a época, como parece perfeitamente natural. Esse é o primeiro sinal de que a produção não tem intenção alguma em lidar com beleza, algo que o design de produção de Jagna Dobesz, a direção de arte de Ristergren Albistur Lisette e Ewa Mroczkowska e a direção de fotografia em preto e branco de Michal Dymek elevam ao patamar de arte, mas uma arte suja, feia, deprimente, que tem o poder de subsumir toda uma era no continente europeu. Até mesmo o pouco que vemos da aristocracia local, quando Karoline é convidada à mansão onde mora seu amante rico, é de uma qualidade inquietante, com o pouco de real beleza sendo manchada pelas ações que lá acontecem.
FAN, R. Disponível em: https://l1nq.com/SDqhf. Acesso em: 18 abr.2025. (Fragmento)
O fragmento de texto lido é um exemplar do gênero
FAN, R. Disponível em: https://l1nq.com/SDqhf. Acesso em: 18 abr.2025. (Fragmento)
O fragmento de texto lido é um exemplar do gênero