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De acordo com Ricardo Antunes, a partir do Consenso de Washington, o capitalismo no Brasil, de modo especial a partir dos anos 1990 passou por uma série de transformações. Na sequencia desse conjunto de decisões inicia-se uma enorme onda de desregulamentação em estratégicos setores do mundo do trabalho no Brasil. Assinale a alternativa que não é pertinente ao contexto supracitado:

O instituto IBOPE realizou um levantamento no ano de 2006 para avaliar o grau de tolerância para com a corrupção entre um grupo de eleitores selecionado. Do estudo foi possível extrair as seguintes teses:

I. A maioria dos eleitores brasileiros já transgrediu

II. alguma lei ou descumpriu alguma regra contratual, para obter benefícios materiais, de forma consciente e intencional.

II. A maioria dos eleitores brasileiros tolera algum tipo de corrupção por parte de seus representantes ou governantes eleitos.

III. Assim como é atribuído às classes políticas brasileiras, há no eleitorado uma gradação tanto na prática antiética no dia-a-dia quanto na tolerância à corrupção política e essas duas variáveis estão correlacionadas fortemente, ou seja, quanto mais ético no dia-a-dia, menos tolerante com a corrupção tende a ser o eleitor.

A partir da análise das teses é correto afirmar que a melhor síntese seria:

“Se houve alguma transformação na economia política do capitalismo do final do século XX, cabe-nos estabelecer quão profunda e fundamental pode ter sido a mudança. São abundantes os sinais e marcas de modificações radicais em processos de trabalho, hábitos de consumo, configurações geográficas e geopolíticas, poderes e práticas do Estado etc.” (HARVEY, David. “Condição Pós-Moderna”. São Paulo: Ed. Loyola, 2001. pg.118) Como estratégia de adaptação a essas mudanças, vários países adotaram conjuntos de politicas econômicas sob a égide do chamado Neoliberalismo. No Brasil, essa influência pode ser percebida em diversas decisões governamentais a partir, principalmente, do governo Collor (1990- 1992).

Nesse sentido, destacam-se:

I. Um maior controle do mercado financeiro por parte do Estado e pouca autonomia para os bancos, sejam eles privados ou estatais;

II. Privatização de grande parte das Empresas Estatais e abertura do mercado para o Capital estrangeiro;

III. Fortalecimento das leis trabalhistas, além de garantias consolidadas, como um sistema previdenciário mais forte;

IV. Diminuição do papel do Estado em todas as áreas, inclusive na Educação com a expansão do setor privado.

Sobre a forma como o Neoliberalismo foi absorvido pelo Estado brasileiro nos últimos governos, é correto no que se afirma nos itens:

Apesar de não recente, a adoção de ações afirmativas tem se intensificado no Brasil nos últimos anos. Tais ações não devem se confundir com políticas públicas de uma forma geral, já que elas a (ações afirmativas), embora muitas vezes se constituam de um conjunto de políticas públicas, têm objetivos muito mais específicos e o caráter de afirmação de grupos que passaram por discriminação e/ou enfrentaram barreiras históricas no processo de inclusão social. Nesse sentido, podemos afirmar que são exemplos de políticas de ações afirmativas:

I. A expansão das Universidades públicas e gratuitas;

II. O sistema de cotas para estudantes indígenas e afrodescendentes nas Universidades;

III. A concessão de bolsas de estudos em universidades privadas através do Programa Universidade para Todos (PROUNI)

Portanto, está correto o que se afirma em:

O sociólogo Imannuel Wallerstein argumenta que “o discurso do liberal tende assim a ser temeroso da maioria, temeroso dos sujos, dos ignorantes, das massas. Não há dúvidas, o discurso do liberal tece sempre imensos louvores ao potencial de integração dos excluídos, mas é sempre de uma integração controlada que está falando, de uma integração nos valores e estruturas dos já incluídos. Contra a maioria, o liberal está sempre defendendo a minoria. Mas não é o grupo minoritário que ele defende, é sim a minoria simbólica, o indivíduo racional heroico contra a multidão – isto é, ele mesmo.” (WALLERSTEIN, I. “Ciência Social e Sociedade contemporânea. As garantias evanescentes de racionalidade” In: O Fim do Mundo como o concebemos. Ciência Social para o século XXI. Rio de Janeiro: Revan, 2002.)

Já o cientista político italiano Norberto Bobbio diz que os “ideais liberais e o método democrático vieram, gradualmente, se combinando num modo tal que, se é verdade que os direitos de liberdade foram desde o início a condição necessária para a direta aplicação das regras do jogo democrático, é igualmente verdadeiro que, em seguida, o desenvolvimento da democracia se tornou o principal instrumento para a defesa dos direitos a liberdade.” (BOBBIO, N. “Liberalismo e Democracia”. São Paulo: Brasiliense, 1994.)

Apesar das diferentes visões sobre o Liberalismo e a Democracia apresentadas acima, analise as seguintes afirmações:

I. Os ideais liberais e democráticos, a despeito de suas origens, influenciam o ordenamento político das sociedades ocidentais;

II. Liberalismo e Democracia, doutrinas políticas que surgiram em momentos diferentes da História, são bases para o que se chama de Pensamento Liberal Democrático;

III. Liberalismo é uma doutrina política incongruente com o ideal igualitário, que caracteriza a tradição democrática.

Nesse sentido, é correto que se afirma em: