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Isabel Marques e Fábio Brazil apresentam a seguinte reflexão no seu livro “Arte em questões”:


“Se permitirmos que a relação entre a Arte na escola e arte fruída socialmente se torne inócua, por que mantê-la nos currículos escolares? Se, para grande parcela da população, o professor de Arte ainda tem pouca importância no contexto da escolarização básica; se a Arte tem pouco interesse na escola e o professor raramente é valorizado como interlocutor de conhecimento e produtor de linguagem, para que insistir em mantê-los nas propostas curriculares? Não seriam ambos dispensáveis, Arte e professor especialista na área? Não deveriam ter o mesmo destino que tiveram o Latim, a Educação Moral e Cívica e as Prendas Domésticas que já habitaram nossos currículos? Seria a arte uma ‘língua morta’? Uma questão de foro pessoal/familiar? Um tipo de ‘prenda’ dispensável?” Marques, Isabel A.; Brazil, Fábio. Arte em questões (Portuguese Edition). Cortez Editora. Edição do Kindle. Localização de 263 a 268.


De acordo com o texto, analise as sentenças a seguir sobre a finalidade da arte.


I- O acesso à arte por meio da escola formal não é, necessariamente, o início de um caminho para sistematizar, ampliar e construir conhecimento nas diferentes linguagens artísticas que nos possibilitam interagir no mundo de forma diferenciada.


II- Qualquer pessoa, tendo sua escolarização lhe garantido ou não esse direito, pode vir a reconhecer o quanto do conhecimento, das leituras de mundo, das impressões e expressões da humanidade está registrado pela arte, presentificado pela arte, concretizado num trabalho de arte, mobilizado no fazer artístico.


III- Arte é conhecimento, cujo direito é universal, mas não é um conjunto de saberes que são imprescindíveis para que o cidadão possa inteligir, experienciar e atuar no mundo.


Está(ão) CORRETO(S):


De acordo com o reconhecimento da importância da arte na formação e desenvolvimento de crianças e jovens, por parte da atual legislação brasileira, é CORRETO afirmar:

“Para o compositor e pesquisador francês François Delalande, ‘as condutas de produção sonora da criança’ revelam a ênfase num ou noutro estágio de atividade lúdica, segundo Piaget, à semelhança de seus estudos aplicados à linguagem musical como um todo. Ele classifica as categorias de condutas em exploração, expressão e construção, referentes ao jogo sensório-motor, ao jogo simbólico e ao jogo com regras, respectivamente.” (Brito,2003, p.36)

Sobre as categorias de Delalande e suas características, assinale V para verdadeiro ou F para falso:


(__) A construção é feita desde os primeiros meses de vida, a atividade sensório-motora do bebê pode tomar a forma de uma exploração de objetos que produzem ruídos.


(__) A expressão é a representação que define, na verdade, o jogo simbólico da criança. Mas, para justificar esse abuso de linguagem, observa-se que, por volta de quatro ou cinco anos, a representação do real pelo som é fortemente ligada à vivência afetiva.


(__) A exploração aparece, na verdade, por volta dos seis ou sete anos, quando o respeito à regra domina o jogo da criança. Não é uma coincidência: pode-se ver, neste jogo combinatório que é, frequentemente, a música, uma forma de jogo de regras. As brincadeiras cantadas infantis são talvez uma das primeiras manifestações do jogo musical com regras. Trata-se de fazer entrar numa fase em um molde rítmico.


Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

A percepção é a fusão entre pensamento e sentimento que nos possibilita significar o mundo. No que se refere à ênfase que deve ser dada nas aulas de arte, assinalar a alternativa INCORRETA.
“Quando pensamos em ensino de Arte, deparamo-nos com diferentes termos – educação através da Arte, educação artística e Arte-educação –, o que leva muitas pessoas a pensar serem abordagens idênticas, diferenciando-se apenas pela nomenclatura. Porém, apesar de compartilharem a mesma finalidade - o ensino de Arte na escola -, são distintas no que diz respeito às razões epistemológicas e concepções teóricas que as embasaram.”

Leia as assertivas a seguir sobre as nomenclaturas do ensino de arte:

I- A Educação Através da Arte foi difundida no Brasil pelo filósofo inglês Herbert Read na década de 1950 e constituiu um movimento educativo e cultural importante na busca da constituição do indivíduo pleno, completo, valorizando, no ser humano, os aspectos intelectuais, morais e estéticos, procurando despertar sua consciência individual e singular em sintonia com o grupo social do qual faz parte.
II- A Educação Artística foi incluída no currículo das escolas pela Lei 5692/71, como disciplina, valorizando a tecnicidade e a profissionalização. Caracterizada pela polivalência, a educação artística nas escolas enalteceu o verdadeiro sentido do ensino de Arte, porém resultou na falta de uma formação adequada dos profissionais ou da presença de educadores de outras áreas desviadas de suas funções.
III- O movimento de Arte-Educação, criado a partir de Arte-educadores como Ana Mae Barbosa, surge em contraponto ao empobrecimento do ensino de Arte no sistema escolar, percebendo o Arte-educador como um agente transformador da escola e da sociedade e a Arte como um elemento integrador, plural e interdisciplinar. A Arte-educação está apoiada na busca de novas metodologias de ensino e aprendizagem nas escolas, buscando revalorizar o profissional da área ao propor um redimensionamento do seu trabalho, conscientizando-o da importância da sua ação profissional e política na sociedade.

Está(ão) CORRETO(S):