O assassinato do embaixador americano em Benghazi, ocorrido em retaliação a um vídeo que, produzido nos Estados Unidos da América (EUA), critica o profeta Maomé, terá sérias repercussões nessas semanas que antecedem as eleições presidenciais norte-americanas. As mortes minam as alegações do presidente Obama de que o fim de Osama Bin Laden foi um golpe fatal no islamismo radical. Elas também reduzem a crença, sugerida pela Casa Branca, de que o governo norte-americano agiu corretamente na Líbia, permanecendo nos bastidores, mas ajudando a dar fim ao regime de Muamar Kadafi. Tudo que relembra aos eleitores americanos o 11 de setembro tem sérias implicações políticas.
Patrick Cockburn. Uma primavera sem fim. In:
O Globo, 14/9/2012, p. 38 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens que se seguem, a respeito da política internacional.
O episódio relacionado ao regime de Muamar Kadafi, a que o texto se reporta, integra um conjunto mais amplo de revoltas contra velhas ditaduras encasteladas no poder em diversos países árabes, a exemplo da Tunísia, da Líbia e do Egito, movimento conhecido como Primavera Árabe.