TEXTO I
A violência não é uma fantasia
     A violência nasce conosco. Faz parte da nossa bagagem psíquica, do nosso DNA, assim como a capacidade de cuidar, de ser solidário e pacífico. Somos esse novelo de dons. O equilíbrio ou desequilíbrio depende do ambiente familiar, educação, exemplos, tendência pessoal, circunstâncias concretas, algumas escolhas individuais. Vivemos numa época violenta. Temos medo de sair às ruas, temos medo de sair à noite, temos medo de ficar em casa sem grades, alarmes e câmeras, ou bons e treinados porteiros. As notícias da imprensa nos dão medo em geral. Não são medos fantasiosos: são reais. E, se não tivermos nenhum medo, estaremos sendo perigosamente alienados. A segurança, como tantas coisas, parece ter fugido ao controle de instituições e autoridades. 
     Nestes dias começamos a ter medo também dentro dos shoppings, onde, aliás, há mais tempo aqui e ali vêm ocorrendo furtos, às vezes assaltos, raramente noticiados. O que preocupa são movimentos adolescentes que reivindicam acesso aos shoppings para seus grupos em geral organizados na internet. 
     (...)
(Revista Veja. Editora ABRIL. Edição 2358 - ano 47 - nº 5.29 de janeiro de 2014. Por Lya Luft - p.20)
           
          
          A  linguagem  por meio  da  qual  interagimos  no  nosso dia a dia pode  revestir-se de nuances as  mais  diversas:  pode  apresentar-se  em  sentido  literal,   figurado,   metafórico.  A  opção  em  cujo  trecho utilizou-se linguagem metafórica é