Acertou
Errou
adicionar questão na lista de favoritas
remover questão da lista de favoritas
mostrar texto associado
esconder texto associado
Assinale a alternativa em que as palavras destacadas estão empregadas em sentido figurado.
Dez quilômetros ao norte do centro de Paris há um tesouro geralmente ignorado pelos milhões de turistas que todos os anos invadem a capital francesa. É a basílica de São Denis, monumento gótico do século 7 localizado nas proximidades do Estádio da França, no qual a seleção brasileira de futebol perdeu de forma humilhante a final da Copa do Mundo de 1998. No subterrâneo dessa catedral, existem duas grandes caixas de pedra escondidas em um corredor mal iluminado e cobertas por lápides de mármore nas quais estão gravadas dezenas de nomes e datas. Elas guardam os ossos dos reis da França e são um testemunho assustador da tempestade política que varreu o mundo nas décadas que precederam a Independência do Brasil.
Padroeiro de Paris, São Denis é personagem de uma história insólita. Segundo a tradição, ele saiu da Itália no ano 250 depois de Cristo na companhia de outros seis missionários com o objetivo de evangelizar a Gália, região habitada pelos gauleses. Perseguido pelas autoridades locais, acabou decapitado na colina de Montmartre, hoje local de outra igreja famosa, a do Sacre Coeur, mas seu martírio teve um desenlace inesperado. Mal o carrasco desferiu o golpe mortal, o santo levantou-se, pegou a própria cabeça que, separada do pescoço, se esvaía em sangue no chão e com ela entre as mãos caminhou cerca de seis quilômetros até um antigo cemitério galo-romano, onde finalmente tombou e foi sepultado. Sobre seu túmulo, transformado em centro de peregrinação na Idade Média, o rei Dagoberto I mandou erguer uma catedral destinada a ser a necrópole real da França. Ali seriam enterrados durante mil anos todos os reis franceses, com exceção de apenas três.
Padroeiro de Paris, São Denis é personagem de uma história insólita. Segundo a tradição, ele saiu da Itália no ano 250 depois de Cristo na companhia de outros seis missionários com o objetivo de evangelizar a Gália, região habitada pelos gauleses. Perseguido pelas autoridades locais, acabou decapitado na colina de Montmartre, hoje local de outra igreja famosa, a do Sacre Coeur, mas seu martírio teve um desenlace inesperado. Mal o carrasco desferiu o golpe mortal, o santo levantou-se, pegou a própria cabeça que, separada do pescoço, se esvaía em sangue no chão e com ela entre as mãos caminhou cerca de seis quilômetros até um antigo cemitério galo-romano, onde finalmente tombou e foi sepultado. Sobre seu túmulo, transformado em centro de peregrinação na Idade Média, o rei Dagoberto I mandou erguer uma catedral destinada a ser a necrópole real da França. Ali seriam enterrados durante mil anos todos os reis franceses, com exceção de apenas três.
(Laurentino Gomes, 1822, p.43-44. Adaptado)