Depois de viver a infância e a adolescência nas ruas e em abrigos — sem ter garantido o seu direito à educação, a uma qualificação profissional e, consequentemente, a um emprego ao atingir a maioridade —, ao construir uma família, o rapaz diz o seguinte:
“A maior dificuldade que estou tendo é manter minha filha. Na rua, se eu não fizesse algo por mim mesmo ninguém ia cobrar nada, e agora se eu falar como pai, mesmo que ninguém me cobre, eu me cobro. Fico pensando: falhei como pai? aí vem um sentimento de menosprezo por mim mesmo, sinto-me incapaz e isso é muito ruim”.
Oliveira apud Mioto, Regina Célia. Ações sócioeducativas em programas de
transferência de renda. In: Wanderley M. B., Oliveira, IID. M Castanho
(Orgs). Trabalho com Famílias. São Paulo, IEE – PUC – ST, 2004.
Acerca do tema abordado no texto acima, julgue os itens seguintes.
Na perspectiva tradicional, o trabalho a ser desenvolvido com a família referida no texto fundamenta-se na concepção de papéis familiares associados a um modelo de família-padrão.