Texto  
                                                  A formação da cidadania
      Em todas as manifestações de caráter social,  político e  econômico,  da mais inconsequente opção (pessoal) às mais  sérias decisões do governo,  o ser humano é guiado por dois  comportamentos básicos: pensar e agir,  de acordo com os  conhecimentos disponíveis. (....)  
      A interação contínua entre pensamento e ação permite ao  homem tomar decisões,  tanto as de natureza particular –  como a escolha de um curso ou profissão ou a compra de  um par de sapatos -,  quanto as que terão consequências  coletivas,  como a eleição de governantes ou a participação  em manifestações públicas. Portanto,  de modo geral,  as  decisões não são arbitrárias. Não importa o grau de  consciência política que o indivíduo possui,  ou a massa de  conhecimentos de que ele dispõe sobre uma questão: há  sempre uma dose de reflexão em cada um dos seus atos.  
      É fácil de constatar que as ideias,  as opiniões,  as atitudes  e as ações não seguem um esquema simples,  mecanicista e  uniforme,  pois as diferentes preocupações que atormentam o  homem se embaralham e se cruzam a cada instante e às  vezes se chocam. É como se todas as provas  automobilísticas do mundo fossem disputadas ao mesmo  tempo no mesmo autódromo.  
      A formação do cidadão consiste em capacitá-lo a pôr  ordem nesse processo,  que se desenvolve ao seu redor mas  sempre explode dentro dele. A principal contribuição  formativa da educação é a de atuar sobre esse mecanismo  mental decisório e ajustá-lo o mais corretamente possível,   equilibrando os conhecimentos,  as habilidades e as atitudes  segundo padrões éticos,  morais e outros,  válidos para todos  ou para a maioria das pessoas.  
      Não existe um método infalível para que alguém possa  chegar,  sempre,  às melhores decisões sobre todas as  coisas,  mas pode-se melhorar a capacidade de raciocínio  com a prática,  o estudo,  a crítica,  a reflexão. O grande  objetivo,  que mais parece um ideal inatingível,  é conseguir  que cada indivíduo se torne autônomo,  isto é,  que seja capaz  de decidir por si mesmo,  não se sujeitando à interferências  ou pressões externas. É o caminho que levará à formação de  cidadãos conscientes.  
                                                                       (Martinez,  Paulo. Direitos de cidadania – um lugar ao sol.) 
           
          
          Assinale a alternativa em que o adjetivo sublinhado  representa uma opinião: