Considere os trechos abaixo retirados da edição de 6 de setembro de 1954 do jornal A Tribuna da Imprensa.


A carta, evidentemente apócrifa, atribuída ao presidente Getúlio Vargas por aqueles que em vida lhes exploraram a autoridade e a popularidade para as mais sórdidas manobras, dá a medida do que pretendem fazer, à custa do sacrifício que Vargas se impôs para livrar-se da desonra que lhe impuseram os seus “amigos”, esses mesmos que, até agora, viveram dos juros do seu prestígio e, a partir de agora, pretendem viver da sua herança trágica.

[...]

A influência direta do atentado da Rua Toneleros no suicídio do ex-presidente, que não pode alguém acreditar, como nós acreditamos, na grandeza trágica do seu suicídio e na mesquinharia que ressalta dessa carta - cujo objetivo de desagregação e de intriga tanto se identifica com os grupos que, por seus crimes, levou o presidente à desesperada decisão.

(In: MENDONÇA, Marina Gusmão de. O Demolidor de Presidentes. São Paulo: Códex,2002, p.160)

O jornalista e diretor do referido jornal, conhecido por ter sido vítima de um atentado atribuído ao segurança do então presidente da República e pela sua forte militância difamatória contra Getúlio Vargas, foi