Texto 1 
Comigo me desavim, 
Sou posto em todo perigo;
Não posso viver comigo
Nem posso fugir de mim.
Com dor da gente fugia, 
Antes que esta assim crescesse:
Agora já fugiria
De mim, se de mim pudesse.
Que meio espero ou que fim
Do vão trabalho que sigo, 
Pois que trago a mim comigo
Tamanho imigo de mim?
SÁ DE MIRANDA, Francisco de. Trova. In: MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa através dos
textos.33. ed. São Paulo: Cultrix,2012.
Texto 2 
Minha senhora de mim
Comigo me desavim
minha senhora
de mim
sem ser dor ou ser cansaço
nem o corpo que disfarço
Comigo me desavim
minha senhora
de mim
nunca dizendo comigo
o amigo nos meus braços
Comigo me desavim
minha senhora
de mim
recusando o que é desfeito
no interior do meu peito
HORTA, Maria Teresa. Cem poemas (antologia pessoal): 22 inéditos.
Rio de Janeiro: 7Letras,2006.
           
               Com base no que expõe Norma Goldstein (2006), uma análise adequada dos recursos métricos, rítmicos e rímicos observáveis nos textos 1 e 2 está presente na seguinte afirmação: