LER OU NÃO LER, EIS A QUESTÃO
Não existe estudo científico que comprove, mas há uma percepção disseminada sobre a geração atual: ela não gosta de ler. A constatação parte dos professores. Eles reclamam de que só com muito esforço conseguem obrigar seus alunos a ler os clássicos da literatura. Um dos argumentos mais utilizados é recorrer à ameaça do vestibular. Os pais endossam a percepção de repulsa dos jovens pelos livros. Reclamam frequentemente que os filhos padecem de falta de concentração e, por isso, não são capazes de ler as obras básicas para entender a matéria.
Por que isso acontece? O que faz com que uma geração leia e outra fuja dos livros? Há diversas explicações, mas todas acabam convergindo para um mesmo ponto.
Quando as pessoas recebem a informação mastigada – na televisão, nos gibis, na internet –, acabam tendo preguiça de ler, um ato que exige esforço e reflexão. Os canais pelos quais o jovem se informa nos dias de hoje são múltiplos. O livro é apenas um deles. E é o mais trabalhoso. Diante desse quadro, os educadores são unânimes num ponto: as armas de estímulo à leitura precisam ser modernizadas.
(Vivian Whiteman, Veja Jovens setembro,2001, p.52-3)
Segundo Aristóteles, a retórica é a arte do discurso que visa à persuasão. Desse modo, essa estratégia discursiva é explicitada no trecho