Uma adolescente de 14 anos de idade é levada ao consultório pediátrico pela mãe, que relata mudanças significativas no comportamento da filha nos últimos três meses. A paciente, antes sociável e com bom desempenho escolar, agora apresenta isolamento social, recusa a ir à escola, insônia, irritabilidade e queixas somáticas inespecíficas (cefaleia e dor abdominal recorrentes). A mãe menciona que a filha passa horas no celular e que se torna evasiva quando questionada sobre suas interações on-line. Recentemente, a paciente teve uma crise de choro intensa após receber uma notificação no celular, e a mãe notou que ela apagou rapidamente a mensagem. Ao ser questionada pelo médico, a adolescente reluta em falar, mas, após acolhimento, revela que colegas da escola têm postado fotos e comentários depreciativos sobre sua aparência em um grupo de mensagens, afirmando que isso se intensificou após ela ter se recusado a participar de uma “brincadeira humilhante” na escola. Ela expressa medo de ir à escola e de ver os agressores e relata sentir que “merece” o que está acontecendo.
Diante desse cenário, qual é a abordagem mais adequada para essa adolescente?