Quando alguém me procura para cuidar da sua questão de saúde mental, há três pontos em que presto especial atenção: se a pessoa pratica alguma atividade física (qualquer uma), como está a qualidade do sono dela e se ela tem amigos. Esses são os três indicadores, na minha opinião,  de se algo vai bem ou mal com aquele paciente. Um número _____________ de pessoas com problemas de saúde mental me relata não ter amigos, apenas conhecidos. A verdade é que a amizade não é apenas um conforto social; é um pilar imprescindível de nossa saúde mental e nosso bem-estar.
Inúmeras pesquisas vêm demonstrando isso ao longo dos anos. As evidências são claras: ter amigos aumenta a nossa satisfação com a vida e tem sido associado a menores chances de uma pessoa sofrer de depressão e ansiedade. Mais do que isso, a amizade comprovadamente aumenta a longevidade. Embora a relação não seja direta, estudos demonstram que a amizade diminui a probabilidade de uma pessoa morrer de todas as causas possíveis, entre elas, de uma doença crônica e de problemas cardíacos.
Além disso, amigos nos mantêm mentalmente ativos e, muitas vezes, fisicamente ativos. Basta ver como ter um amigo companheiro de atividade esportiva ajuda a nos mantermos engajados nos treinos. 
Para além do impacto positivo na saúde física e mental, a amizade é um indicador importante de felicidade e de bem-estar. Curiosamente, algumas pesquisas revelam inclusive que ter amigos é ainda mais significativo na terceira idade. Relacionar-se com amigos nessa fase da vida, mostrou um estudo americano, traz mais efeitos positivos do que os próprios relacionamentos familiares.
Amigos são aqueles que agem como o “grilo falante” do Pinóquio: nem sempre falam algo que queremos ouvir,  mas estão ali para orientar, aconselhar e servir como ___________ moral em momentos de dúvida. Por fim, as amizades podem desempenhar um papel crucial na recuperação de problemas de saúde mental e,  principalmente, ajudar quem está sofrendo a superar a sensação de isolamento que muitas vezes acompanha um diagnóstico psiquiátrico.
Fonte: Revista Forbes. Adaptado.
           
              No último parágrafo do texto, o termo “Pinóquio” foi grafado com letra maiúscula por se tratar de um: