O poema a seguir é parte da obra “Quero acordar a alva”, do poeta e jornalista angolano José Luís Mendonça, escrita em 1997:



1974


Quimbanguleiros de todos os musseques


erguem o verde despertar das cidades


com blindagens de óleo palma


no eco encardido das nádegas



1994


Nossas crianças roem os dentes


neste céu etílico de balas perfumadas



2004


Nossa Senhora Santa Ana da Muxima


ainda marmoriza o país do rio Bengo


mas os deuses já não escarram mais o mel


da angústia em nossas bocas de papel



Em relação ao processo de descolonização e consolidação de Angola, as três datas e os contextos apresentados fazem referência respectivamente: