O sistema modal, que antecedeu o tonalismo, organiza as alturas musicais em escalas com estruturas intervalares e sonoridades distintas. Cada modo é definido não apenas por sua tônica (finalis), mas por uma sequência específica de tons e semitons, que lhe confere uma "cor" característica e gera um campo harmônico particular. A identificação precisa de cada modo depende do reconhecimento de seus intervalos-chave em relação à tônica.

Considerando a estrutura ou a sonoridade de um modo litúrgico, analise as definições a seguir:

I- Modo com sonoridade menor, caracterizado por possuir a terceira e a sétima menores. Seu principal traço distintivo em relação ao modo menor natural (eólio) é a presença da sexta maior, o que lhe confere uma sonoridade singular, frequentemente descrita como melancólica, mas com um "brilho" inesperado.
II- Modo com sonoridade maior, cuja principal característica é a presença da quarta aumentada (#4). Este intervalo em relação à tônica cria uma sonoridade aberta, brilhante e com uma forte tendência de expansão melódica ascendente a partir do quarto grau.
III- Apesar de possuir uma tríade de tônica menor, este modo gera um acorde maior sobre o seu quarto grau (IV) e um acorde menor sobre o seu segundo grau (ii). Essa combinação harmônica, especialmente a qualidade maior da subdominante, é um recurso expressivo frequente no jazz modal e em diversas tradições folclóricas.
IV- Modo com sonoridade menor, imediatamente reconhecível pelo intervalo de segunda menor (b2) acima da tônica. Essa característica lhe confere uma forte tensão melódica inicial e uma sonoridade frequentemente associada à música espanhola ou do Oriente Médio.

As características do modo Dórico são apresentadas CORRETAMENTE em: