Texto para a questão.
“Agora é tarde, Inês é morta”: conheça a trágica história de amor por trás do ditado
Essa expressão é inspirada em uma das mais bonitas e trágicas histórias de amor da Europa medieval: o amor proibido de Dom Pedro 1º (oitavo rei de Portugal) e a dama galega Inês de Castro.
Apesar de casado, o então príncipe Pedro manteve com Inês uma relação proibida, mas nem tão secreta, que gerou quatro filhos. Depois da morte da esposa oficial, a princesa de Castela Constança Manuel, Dom Pedro passou a viver maritalmente com Inês, o que gerou um escândalo na corte.
Com a autorização do rei Dom Afonso IV, pai do príncipe, Inês foi assassinada em janeiro de 1355. Após a morte do rei, em 1357, Dom Pedro assume o trono de Portugal, e uma das suas primeiras ações foi mandar matar os assassinos de sua amada. Pouco tempo após ser coroado, Dom Pedro convoca a nobreza, o clero e o povo para comparecer no Mosteiro de Santa Clara, em Coimbra, onde Inês estava sepultada. Para o evento, Inês foi desenterrada e vestida apropriadamente com uma roupa luxuosa e uma coroa. Sentada no trono, todos os presentes foram obrigados a beijar a mão direita de Inês.
Claro que a vontade de Dom Pedro era de que Inês de Castro estivesse viva para reinar ao lado dele, mas isso não foi possível porque "Agora é tarde, Inês é morta". Assim, foi realizada a coroação da primeira e única rainha póstuma de Portugal. Ao final da cerimônia, os restos mortais da "rainha cadáver" foram levados para o Mosteiro de Alcobaça, mesmo lugar onde foi sepultado D. Pedro, em 1367.
Disponível em https://www.uol.com.br/nossa/noticias/redacao/2023/05/24/agora-ines-e-morta-conheca-a-tragica-historia-de-amor-por-tras-do-ditado. htm?cmpid=copiaecola. Acesso em 14.jul.2025. Adaptado.