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A partir dos anos 50, aproximadamente, uma nova concepção revitalizou os estudos sobre a escravidão negra. Há uma renovação do interesse pela escravidão negra nos Estados Unidos, com trabalhos de David Brion Davis, Charles Wagley, Boxer e Genovene, que questionaram as teses Tannebaum, Elkins e, consequentemente, Gilberto Freyre. Argumentaram que o escravismo anglo- -saxônico pouco diferia daquele instituído por povos de outra origem, inexistindo um sistema mais brando que outro e sendo as variações ao longo do tempo menos significativas que os padrões subjacentes de unidade.
[Suely Robles Reis de Queiróz, Escravidão negra em debate. Em: Marcos Cezar de Freitas (org.). Historiografia brasileira em perspectiva,1998. Adaptado]

Segundo o artigo, a repercussão dessas ideias no Brasil teve como efeito

Leia um excerto da entrevista com o historiador Carlo Ginzburg.


Devo dizer inicialmente que o considero muito mais interessante do que seus seguidores. O que é especialmente desinteressante neles é que tomam as suas metáforas como explicações, o que é um absurdo. É inegável que ele descobriu novos tópicos, novas áreas do conhecimento e teve também algumas ideias interessantes, como, por exemplo, a ideia da microfísica do poder.

(Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke, As muitas faces da história – Nove entrevistas,2000. Adaptado)



O historiador italiano avalia a obra de

Por outro lado, bastante diferente é o quadro que se apresenta na produção de material didático e paradidático: é raro o texto didático que não faça referência ao tema e são muito expressivos, em termos quantitativos, os títulos de textos paradidáticos que tomam como referência o evento mineiro de 1788-89. Como poderíamos explicar tamanho distanciamento entre, de um lado, o imaginário nacional e o complexo editorial ligado ao ensino, no plano dos quais ainda se produzem muitos livros e opúsculos sobre o tema e, de outro, a produção acadêmica, com tão reduzidos índices?
[João Pinto Furtado. Imaginando a nação: o ensino da história da Inconfidência Mineira na perspectiva da crítica historiográfica. Em Lana Mara de Castro Siman e Thais Nívia de Lima e Fonseca (org). Inaugurando a História e construindo a nação. Discursos e imagens no ensino de História,2001]

O excerto deve ser compreendido
O surrealismo, embora igualmente dedicado à rejeição da arte como era até então conhecida, igualmente dado a escândalos públicos e (como veremos) ainda mais atraído pela revolução social era mais que um protesto negativo: como seria de esperar de um movimento centrado principalmente na França, um país onde toda moda exige uma teoria. Na verdade, podemos dizer que, enquanto o dadaísmo naufragava no início da década de 1920 com a era de guerra e revolução que lhe dera origem, o surrealismo saía dela com o que se tem chamado de “uma súplica pela ressureição da imaginação, baseada no inconsciente revelado pela psicanálise, os símbolos e sonhos”.

(Eric Hobsbawm, Era dos extremos)
O excerto traz referências ao contexto
Correndo paralela à historiografia oficial produzida no século XIX e começo do XX, que deu visibilidade apenas aos homens como personagens principais das lutas pela independência, encontra-se outra literatura – obras de uma série de autores menos valorizados que escreveram biografias sobre as heroínas desse movimento. Existe um repertório composto por livros sobre “mulheres célebres”, “mulheres patrióticas”, “mulheres ilustres”, que devia servir como lição de moral para as jovens e que, muitas vezes, era leitura obrigatória nas escolas.
(Maria Ligia Coelho Prado, América Latina no século XIX. Tramas, telas e textos)
O excerto acima está relacionado ao contexto