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“A transferência da Corte para o Brasil, em 1808, provocou uma série de transformações na América portuguesa e sinalizou o fim do período colonial. Deu início [...] não só o estabelecimento no Rio de Janeiro das instituições-chave da administração do [Reino de Portugal], como também a criação e consolidação de interesses próprios dos súditos americanos. [...] Essa situação se fez acompanhar de uma crescente consciência do papel que o Brasil ocupava no conjunto dos domínios lusitanos.”
(VAINFAS, Ronaldo (Org.). Dicionário do Brasil imperial: 1822-1889. Rio de Janeiro: Objetiva,2002. pp.225-226.)

A transferência da Corte portuguesa para o Brasil, em 1808, trouxe profundas transformações na América portuguesa, marcando o fim do período colonial. Esse processo é reconhecido na historiografia nacional como
“É marcante a diferença de evolução política nas Américas portuguesa e espanhola durante o século XIX. O primeiro aspecto que chama atenção é a manutenção da unidade política em um caso e a fragmentação territorial em outro. [...] No início do século XIX a colônia espanhola dividia-se administrativamente em quatro vice-reinados e quatro capitanias-gerais que no meio do século se tinham transformado em 17 países independentes. Em contraste, as 18 capitanias-gerais da colônia portuguesa, existentes em 1820 (excluída a Cisplatina), formavam, já em 1825, vencida a Confederação do Equador, um único país independente. Outra diferença significativa diz respeito ao regime de governo adotado nos países independentes: republicano nas ex-colônias espanholas, monárquico no Brasil.”
(GRINBERG, Keila; SALLES, Ricardo. O Brasil Imperial, volume 1: 1808-1831. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,2009. p.311.)

A partir da reflexão sobre o processo de independência e a formação do Império Brasileiro, assinale a opção correta.
“Ao ataque de lança ou golpes de facão, foram os expropriados os que realmente combateram, quando despontava o século XIX, contra o poder espanhol nos campos da América Latina. A independência não os recompensou: traiu as esperanças dos que tinham derramado seu sangue. Quando a paz chegou, com ela se reabriu uma época de cotidianas desditas. Os donos da terra e os grandes mercadores aumentaram suas fortunas, enquanto se ampliava a pobreza das massas populares oprimidas. [...] As burguesias destas terras nasceram como simples instrumentos do capitalismo internacional, prósperas peças da engrenagem mundial que sangrava as colônias e semicolônias. Os burgueses de vitrina, agiotas e comerciantes, que açambarcaram o poder político, não tinham o menor interesse em impulsionar a ascensão das manufaturas locais, já mortas ao nascer quando o livrecambismo abriu as portas à avalanche de mercadorias britânicas. [...] Frustração econômica, frustração social, frustração nacional: uma história de traições sucedeu à independência.”
(GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina. Rio de Janeiro: Paz e Terra,1987, pp.128-129.)

A partir do texto do escritor uruguaio Eduardo Galeano (1940-2015), que analisa as consequências das independências na América Latina, considere os efeitos políticos, econômicos e sociais nas novas repúblicas, e assinale a afirmativa que corresponde corretamente ao impacto da independência na formação dessas novas nações.
“Hans Staden nasceu em Homberg, na província prussiana de Hesse-Nassau, por volta de 1520. Participou como artilheiro de duas viagens ao Brasil. A primeira iniciou-se em Kampen, na Holanda, em 29 de março de 1547, e se dirigiu para Lisboa. Staden atravessou o Atlântico no navio comandado pelo capitão Penteado, participou de batalhas contra os franceses em Pernambuco, voltando a Lisboa em 8 de outubro de 1548. A segunda viagem iniciou-se dois anos depois, rumo ao Rio da Prata, região onde se supunha haver ouro. Embarcado em navio espanhol, Staden naufragou junto com a tripulação no litoral de Itanhaém, São Vicente.”
(VAINFAS, Ronaldo (Org.). Dicionário do Brasil colonial (1500- 1808). Rio de Janeiro: Objetiva,2001. p.278.)

A biografia do aventureiro alemão Hans Staden (1525-1576) contribui para a compreensão das dinâmicas internas do Brasil Colonial, marcadas pelo envolvimento, confronto e alianças estratégicas entre povos indígenas e invasores europeus. Considerando esse contexto, assinale o item que apresenta corretamente essas dinâmicas de disputa.
A independência do Brasil em relação a Portugal não foi um processo pacífico, sendo marcada por conflitos armados em diversas províncias. Para consolidar o novo império, tropas leais a Dom Pedro I enfrentaram resistência de forças portuguesas e locais que rejeitavam a separação. Nesse contexto, várias batalhas ocorreram, desempenhando papel fundamental no desfecho da independência.
Analise as afirmativas a seguir e assinale a que corresponde corretamente a uma das guerras de independência do Brasil.