Tem a internet como suporte midiático e o computador como eletrodoméstico.

É uma das muitas práticas que são desenvolvidas através da internet, junto à outras como entretenimento, relações públicas, publicidade, vendas, operações bancárias, relacionamentos entre indivíduos e grupos (redes sociais) etc..

Tem áreas de proximidade com o radiojornalismo e o jornalismo impresso devido à instantaneidade e à possibilidade de manutenção do registro.

Prescinde da ética jornalística tradicional à medida que a apuração pode ser descartada em grande parte das etapas.

Necessita montar equipes de reportagem com qualidade e tem características de edição (finalização do produto) vinculadas à tecnologia digital.

O foco da matéria seria apontar um possível erro médico, o que, em princípio, do ponto de vista da observação empírica, parece ser uma característica abrangente das notícias produzidas sobre assistência médica no país, que estariam vinculadas mais à editoria Polícia do que à Saúde.

O foco em erro médico caracteriza um tipo predominante de produção de materiais de empresas de comunicação e jornalismo de grande e pequeno porte em todo o mundo, que escolhe acontecimentos criminosos, acidentes e mortes como pautas diárias, em detrimento do relato de outros acontecimentos.

Familiares de pessoas que falecem sob os auspícios assistência médica tendem a responsabilizar imediatamente a assistência. Isso caracteriza um modo de sociedade medicalizada e positivista, que desconhece a morte como um episódio vinculado à existência e, portanto, nem sempre passível de “prevenção".

A matéria, de qualquer forma, tem interesse público, à medida que aponta a existência endêmica ou epidêmica da meningite infecciosa e interroga a qualidade de assistência prestada à população, principalmente a de menor faixa etária.

A matéria está errada por não esclarecer que a meningite infecciosa pode ser viral ou bacteriana, o que implica consequências diversas e por não interrogar a possibilidade de uma epidemia na região.

A matéria acima foi apurada pela equipe de webjornalismo que, de acordo com o conteúdo, ouviu três fontes (família, PAM e Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro). Apesar de limitada, a notícia não apresenta erros de apuração ou redação.

De acordo com a Teoria do Agenda Setting, a matéria, embora possa estar correta em termos de informações apuradas, reforça aspectos negativos incorporados ao inconsciente coletivo com relação ao atendimento que seria prestado sempre pelo PAM Del Castilho, em outras palavras pelo SUS.

A matéria não tem lide e não apresenta as fontes em uma sequência categórica, o que seria passível de falta de credibilidade junto ao leitor.

A matéria não tem credibilidade porque não está assinada pelos jornalistas que fizeram a reportagem.

O problema central da matéria é que o nome correto do PAM Del Castilho é PAM Rodolpho Rocco, o que configura um erro grave de apuração, embora o posto seja identificado popularmente como PAM Del Castilho.

a unificação e convergência da produção do jornalismo por parte das corporações de mídia, com replicação e redundância do noticiário, o que diminui o número de fatos cobertos e a possibilidade de apuração de diferentes aspectos vinculados a um mesmo assunto.

o aparecimento pontual nos meios de comunicação de doenças importantes como, no caso, a meningite bacteriana, com a exclusão de suas características patológicas, clínicas e epidemiológicas e sua relação com aspectos sociodemográficos e geográficos.

a banalização da cobertura jornalística da medicina de urgência, que, na realidade, envolve assistência de alta complexidade e apresenta aspectos profundamente insatisfatórios tanto na área da assistência pública universal (que dão conta do atendimento majoritário de urgência à população em geral), quanto na privada (que não possui recursos para dela dar conta) e, principalmente, nas empresas de grupo de saúde (seguradoras e bancos), que patrocinam impressos, sites de internet e audiovisuais noticiosos.

uma cobertura jornalística que reproduz a cultura de uma sociedade que lida com a saúde vinculada principalmente ao assistencialismo, ou seja, entende saúde apenas como atendimento médico de doenças e não como um aspecto integral de bem estar social, segundo a definição de saúde da Organização Mundial de Saúde.

que os jornalistas são desprovidos de conhecimentos de relevância em ciência e saúde e têm pouco interesse por assuntos que dizem respeito a áreas menos privilegiadas das metrópoles brasileiras.