Os produtos da terceira geração apresentam tentativas de exploração das potencialidades oferecidas pela web para fins jornalísticos. Neste estágio, os produtos jornalísticos apresentam: recursos em multimídia, como sons e animações, que enriquecem a narrativa jornalística; recursos de interatividade, como chats com a participação de personalidades públicas, enquetes e fóruns de discussões; e opções para a configuração do produto, de acordo com interesses pessoais de cada leitor/usuário.

A terceira geração estabelece um sistema integrado de banco de dados nos sistemas publicadores, assegurando mais agilidade na busca e qualidade à construção das narrativas jornalísticas.

No webjonalismo de primeira geração ocorre o deslocamento das matérias dos jornais impressos para a Web. São simplesmente cópias para a web do conteúdo de jornais existentes no papel. Neste período, todo o conteúdo noticioso textual publicado no jornal impresso é transposto para a web.

Na segunda geração começam a ocorrer experiências na tentativa de explorar as características oferecidas pela rede. Os jornais impressos já não são mais referências para o layout e rentabilidade das notícias na página web.

Na segunda geração o e-mail, que antes fazia a interação entre jornalistas e leitores, passa a ser substituído pelos comentários, enquetes e fóruns de debates.

os “especiais multimídias” apresentam a possibilidade de combinar diferentes linguagens com a utilização de links de hipertextos e hipermídia, que repetem partes da história para esclarecer o receptor.

a nomenclatura “especial multimídia” tem sido usada para definir a web-reportagem, que se utiliza de elementos multimidiáticos integrados (imagens, sons e texto verbal) e permitem ao usuário estabelecer como navegará pela matéria.

o “especial multimídia” tem como característica a colaboração, permitindo aos usuários serem co-criadores de conteúdos, e até proponentes de soluções tecnológicas para os projetos.

o “especial multimídia” apresenta uma narrativa livre, que dispensa a produção de pauta e roteiro, já que nos portais a rotina de produção envolve um fluxo contínuo de atualização.

os “especiais multimídias” possibilitam combinar diferentes linguagens de maneira interativa em que a leitura segue uma lógica linear, que são regidas pelos mesmos conceitos de pirâmide invertida do jornalismo impresso.

a interatividade permite que o usuário configure os produtos jornalísticos de acordo com seus interesses individuais.

o correio eletrônico, os grupos de discussão, as listas de distribuição, os chats e a Web não constituem formas de interação entre leitores, jornalistas e órgãos de comunicação.

a navegação pelo hipertexto também pode ser classificada como uma situação interativa.

quanto mais níveis de conteúdos a reportagem possuir, mais superficial será a navegação no conteúdo multimídia.

numa situação de interatividade, a alimentação do banco de dados (arquivos) é realizada pelos produtores da notícia.

As plataformas móveis no contexto do jornalístico digital não provocam modificações no deadline dos produtores de informação, os quais têm a obrigatoriedade de finalizar a matéria em um tempo pré-determinado para a divulgação da notícia.

O jornalismo móvel é responsável por um distanciamento entre as mídias de massa como a televisão, e as mídias de funções pós-massivas como Twitter, live blogging e live streaming operacionalizadas pelas tecnologias móveis e Web móvel.

A mobilidade informacional modifica a maneira pela qual a informação é produzida pelos produtores de notícias, que não precisam mais se deslocar para a apuração dos fatos.

A expansão da mobilidade permite, apenas, o consumidor da notícia se encontrar em movimento, no seu estado físico e informacional, propiciado pelas tecnologias móveis digitais conectadas em situação ubíqua e pervasiva.

O jornalismo móvel se refere à potencialização da relação jornalismo e mobilidade por meio da utilização de tecnologias móveis digitais e conexão sem fio, e pode incidir sobre duas situações básicas: produção ou consumo de informação em mobilidade.

Na cultura participativa, os consumidores de mídia exercem o mesmo poder que as grandes empresas de comunicação.

Inteligência coletiva foi uma expressão cunhada por Henry Jenkins para designar o consumo coletivo como fonte alternativa de poder midiático.

A circulação de conteúdos no processo de convergência é independente da participação ativa dos consumidores.

A convergência deve ser entendida apenas como um processo tecnológico que une múltiplas funções dentro dos mesmos aparelhos.

A convergência representa uma transformação cultural, à medida que consumidores são incentivados a procurar novas informações e fazer conexões em meio a conteúdos de mídias dispersos.