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Os computadores, assim como a televisão, não devem ser vistos apenas como mais uma tecnologia na sala de aula. São linguagens diferentes. Dessa maneira, devem ser tratados como linguagens que a escola tem o dever de desenvolver, porque estão presentes na sociedade. São linguagens que o aluno precisa aprender a ler, a compreender, a interpretar. O aluno deve aprender, por exemplo, a ser um leitor crítico da televisão. Da mesma forma que se desenvolvem habilidades para a leitura de textos no papel, é preciso desenvolver habilidades para a leitura do texto na tela. E o texto na tela combina palavras com imagens e sons. É uma leitura complexa que não deve ser passiva.

O computador traz uma forma de leitura muito diferente, um outro tipo de texto, que é chamado de:
É relativamente recente a entrada, tanto no livro didático, quanto na aula de Português, de vários gêneros e de diferentes tipos de texto, o que é necessário, porque as práticas sociais são variadas. É preciso preparar o aluno para as habilidades de leitura e de produção de diversos tipos de textos. Daí a entrada de textos de jornais, textos de revistas, a publicidade, a charge, etc. Mas é preciso pensar no outro lado da questão, pois cabe à escola também suprir aquilo que não circula intensamente na sociedade e que é importante que o indivíduo conheça e, preferencialmente, aprenda a gostar. É o caso:
Numa perspectiva de ensino da Língua Portuguesa baseado em textos, o papel dos dicionários e das gramáticas ganha novas perspectivas. Os dicionários são sempre um apoio fundamental. Os alunos devem aprender a utilizá-los, porque todo cidadão precisa de dicionários. Quanto ao ensino da gramática, é necessário que, em aulas de Português, se desenvolva nos alunos uma capacidade de reflexão sobre os usos da língua.
Nessa visão textual, as gramáticas devem ser consideradas como:

Na Escola Pindorama, uma professora da turma de terceiro ano do Ensino Fundamental pediu que os alunos passassem a falar exatamente como escreviam. Ou seja, ‘vendo’, ao invés de [veno]; ‘coragem’, ao invés de [corage]; ‘tomate’, ao invés de [tumati] etc.

As crianças começaram a reclamar, dizendo que estava muito difícil falar daquele jeito.

Dessa maneira, a professora desenvolveu com os alunos a ideia básica de que a língua falada não é mera reprodução da escrita, desse modo não falamos exatamente como escrevemos e vice-versa. A aprendizagem essencial, nesse momento, foi o entendimento de que:

Ao lidar com uma variedade tão grande de possibilidades e informações virtuais, as crianças e jovens entram em contato com novos desafios com os quais vão desenvolvendo novas habilidades na seleção do que lhes é oferecido. No que diz respeito à leitura e à escrita de telas de computador, pode-se afirmar que o modelo que mais se aproxima do nosso próprio esquema mental de pensamento, uma vez que esse não apresenta limites para a atribuição de sentido às palavras, é o de: