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Embora a proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DH) tenha ocorrido há mais de meio século, uma educação que busque trazer os princípios dos DH para uma realidade concreta deve considerar tanto a promoção quanto a garantia desses direitos no espaço urbano da comunidade escolar. Segundo David Harvey, “A liberdade para nos fazermos e nos refazermos, assim como nossas cidades, é um dos mais preciosos, ainda que dos mais negligenciados, dos nossos direitos humanos. A questão sobre qual tipo de cidade queremos não pode estar divorciada da questão sobre qual tipo de pessoas desejamos ser, quais tipos de relações sociais buscamos, qual relação nutrimos com a natureza, qual modo de vida desejamos”.
Adaptado de HARVEY, David. A liberdade da cidade, GEOUSP Espaço e Tempo (v.13, n.2,2009, p.9.
Com base no trecho citado, analise as afirmativas a seguir a respeito de pensar a cidade como um direito.
I. O direito à cidade deve ultrapassar o direito ao acesso do que já está disponível, permitindo transformar a cidade em algo que esteja de acordo com os interesses de seus cidadãos. II. O direito à cidade se expressa em duas demandas recorrentes na metrópole paulistana: a ocupação democrática dos espaços urbanos e o fortalecimento da cultura de participação política. III. O direito à cidade opera como um conceito aglutinador, na medida em que alinha uma série de outras políticas de inclusão, participação e uso dos espaços públicos urbanos.
Está correto o que se afirma em
“Em Minas Gerais um projeto de mediação de conflito está mudando a rotina de violência em escolas públicas. Em uma companhia policial para menores infratores, em Belo Horizonte, chegam todos os dias muitos casos de alunos que saíram direto das escolas, nos carros da polícia, porque ameaçaram professores ou deram socos em colegas. Um projeto desenvolvido pelas Secretarias de Educação de Minas, Ministério Público, Tribunal de Justiça e UFMG quer transformar os conflitos em oportunidades de mudança para os jovens, e resolver tudo dentro da própria escola. ‘O encarceramento só transforma aquela pessoa numa pessoa pior. Quando você é criança, adolescente, você está em formação de caráter, de personalidade; é o acolhimento da pessoa é que vai transformá-lo. Não é a punição, o castigo, a raiva, a vingança’, diz Valéria Rodrigues, juíza da Vara da Infância e Juventude de Belo Horizonte. Educadores voluntários e até alunos de 240 escolas públicas estão sendo treinados para ser mediadores.” (Disponível em: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/04/mediacao-de-conflito-muda-rotina-de-violencia-em-escolas-publicas-emmg.html.)
A violência, especificamente nos meios escolares, é debatida e pesquisada pelo mundo inteiro por conta da gravidade e frequência em que se repete no cotidiano. Sobre esse problema, especificamente no que diz respeito ao Brasil:

Leia o texto abaixo.

Imagine-se o leitor sozinho, rodeado apenas de seu equipamento, numa praia tropical, próxima a uma aldeia nativa, vendo a lancha ou o barco que o trouxe afastar-se no mar até desaparecer de vista. Tendo encontrado um lugar para morar no alojamento de algum homem branco - negociante ou missionário - você nada tem para fazer a não ser iniciar imediatamente seu trabalho etnográfico.

MALINOWSKI, Bronislaw. Os Argonautas do Pacífico Ocidental. In: Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural,1978. p.19.


Para elaborar um estudo etnográfico, as Ciências Sociais lançam mão de diversos instrumentos e métodos de pesquisa. O instrumento, utilizado por Malinowski, calcado na “observação participante”, denomina-se


Leia o texto abaixo.

Os jovens que cometem atos violentos ou uma infração ou que já estiveram em situação de liberdade assistida são, conforme apontaram nossos estudos, qualificados como violentos. Tal qualificação adere-se a eles como uma tatuagem e eles começam a ser vistos a partir dessa ótica e toda a sua trajetória de vida é reinterpretada a partir do ato de violência cometido, como exemplificado no relato do jovem entrevistado por nós. Esse jovem encontrava-se em liberdade assistida: por melhor que procurasse relacionar-se com as pessoas de fora de seu círculo íntimo, era visto unicamente como delinquente. A identidade a ele atribuída, de jovem delinquente, o definia e demarcava todas as relações que estabelecia com os outros. Da mesma forma, as expectativas que os outros construíam sobre sua vida futura acabavam por ser delimitadas por essa condição (Salles et al.,2007). Há aqui um processo de atribuição de identidade. Nesse caso, é a atribuição de uma identidade estigmatizada. Mas esse processo não é apenas externo, exterior a ele, pois essa identidade atribuída é assumida por ele.


SALLES, Leila Maria Ferreira. Jovens, escola e violência: alguns apontamentos sobre o processo de inclusão e exclusão simbólica de jovens.

Com base no trecho do livro, pode-se inferir que

Analise a imagem e leia o texto a seguir.


“Seu Cristo é judeu. Seu carro é japonês. Sua pizza é italiana. Sua democracia, grega. Seu café, brasileiro. Seu feriado, turco. Seus algarismos, arábicos. Suas letras, latinas. Só o seu vizinho é estrangeiro.”

Cartaz nas ruas de Berlim. Extraído de Identidade, de Z. Bauman. Rio de Janeiro: Zahar,2005.

Com base na imagem e no texto, analise as afirmativas sobre a percepção do estrangeiro na sociedade contemporânea.

I. A economia globalizada incrementa intercâmbios de mercadorias e bens que são bem recebidos e até mesmo estimulados, ao passo que a circulação de pessoas de um país para o outro é vista de maneira ameaçadora.

II. A presença de agrupamentos humanos com diferenças linguísticas e culturais pode alimentar sentimentos identitários e até xenófobos, expondo um dos paradoxos da atualidade: ser singular em um mundo plural.

III. As imagens da mídia sobre os desafios provocados pelos fluxos migratórios de refugiados na atualidade estimulam visões estereotipadas do estrangeiro, como “ameaça” e “perigo” ou como “vítima” que precisa de ajuda.


Está correto o que se afirma em