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Sob o poder do monopólio, toda cultura de massa é idêntica, e seu esqueleto, a ossatura conceitual fabricada por aquele, começa a se delinear. Os dirigentes não estão mais sequer muito interessados em encobri-lo, seu poder se fortalece quanto mais brutalmente ele se confessa de público. O cinema e o rádio não precisam mais se apresentar como arte. A verdade de que não passam de um negócio, eles a utilizam como uma ideologia destinada a legitimar o lixo que propositalmente produzem.

ADORNO e HORKHEIMER. Dialética do Esclarecimento,

RJ: Zahar Editor,1985. p.100.


No trecho, Adorno e Horkheimer criticam

É um sistema de disposições duráveis e transferíveis que, integrando todas as experiências passadas, funciona, a cada momento, como uma matriz de percepções, apreciações e ações, e torna possível a realização de tarefas infinitamente diferenciadas, graças às correções incessantes dos resultados obtidos, dialeticamente produzidas por estes resultados.


O trecho acima caracteriza um conceito sociológico de Pierre Bourdieu denominado

“No diálogo promovido pela Sociologia, tanto em relação à Arte, quanto em relação à Ciência, podemos encontrar abordagens de natureza sociológica, quer numa Sociologia da Arte que discute as condições sociais da produção artística, na triangulação autorobra-público, quer numa Sociologia do Conhecimento que discute as condições sociais do desenvolvimento científico”.
Adaptado de Currículo da cidade: Ensino Médio: Área de conhecimento: Ciências Humanas e Sociais aplicadas. – São Paulo: SME / COPED,2021, p.173.
A partir do trecho, analise as afirmativas a seguir a respeito das potencialidades de um ensino de Sociologia que reflita sobre as linguagens artísticas e científicas.
I. O docente de sociologia pode se valer do ensaio de Ernst Fischer sobre “A necessidade da Arte”, para qualificar o que é uma obra de arte e reafirmar sua essência estética. II. O professor de sociologia pode partir da reflexão de Thomas Kuhn sobre “A Estrutura das Revoluções Científicas”, para propor uma visão de desenvolvimento não-cumulativa, na qual os paradigmas de ciência e de arte são historicizados. III. O docente de sociologia pode utilizar os estudos de Antônio Candido sobre “Literatura e Sociedade”, para perceber as relações dialéticas entre a arte e o meio social.
Está correto o que se afirma em
“Muitas violências são praticadas a partir de sistemas de classificação, devidamente naturalizados, sem que sejam questionadas a origem dessas que são práticas sociais de subordinação. Muitas vezes achamos e dizemos sem constrangimento que “nós” temos ciência, e “eles” têm crenças; que “nós” temos arte, e “eles” artesanato; que “nós” temos filosofias, e “eles” mitos. Essas formas de classificação escondem da realidade que pretendem elucidar, um mundo de preconceitos vistos sempre a partir de uma perspectiva europeia e ocidental.”
SCHWARCZ, Lilia. “Índio não, indígena: os sistemas classificatórios” apud https://www.nexojornal.com.br/,06/06/2022.
No trecho, a autora critica o uso de formas de classificação de sociedades e culturas embasadas em uma perspectiva
O professor propõe ouvir a canção “Até Quando?” (2001), do rapper Gabriel o Pensador:
Não adianta olhar pro céu com muita fé e pouca luta Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer e muita greve Você pode e você deve, pode crer Não adianta olhar pro chão, virar a cara pra não ver Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus sofreu Num quer dizer que você tenha que sofrer Até quando você vai ficar usando rédea Rindo da própria tragédia? Até quando você vai ficar usando rédea Pobre, rico ou classe média? Até quando você vai levar cascudo mudo? Muda, muda essa postura Até quando você vai ficando mudo? Muda que o medo é um modo de fazer censura
Após o debate inicial sobre a mensagem da canção, a turma é convidada a um exercício de interpretação sociológica e conclui que “Até quando?” pode exemplificar o conceito de