Filtrar


Questões por página:
Em texto no qual afirma a importância do ensino das ciências sociais, notadamente da sociologia, no ensino primário e responde a indagações pertinentes a essa questão, o sociólogo Bernard Lahire expõe que, sendo “Filhas da democracia, as ciências sociais – obviamente mal vistas pelos regimes conservadores e erradicadas pelos regimes ditatoriais – servem (à) democracia e são preocupantes. Porque a democracia partiu ligada, na história, com as “Luzes” (les Lumières) e, notadamente, com a produção de “verdades sobre o mundo social”: verdade dos fatos objetiváveis, mensuráveis, que é infelizmente a verdade das desigualdades, das dominações, das opressões, das explorações, das humilhações…” (LAHIRE,2014, p.50)
Viver e interpretar o mundo social: para que serve o ensino de sociologia? Revista de Ciências Sociais, Fortaleza, v.45, n.1, jan/jun,2014, p.45-61.
Com base no trecho em referência, é correto afirmar que, segundo o autor,
Estima-se que 6 milhões de pessoas façam parte de comunidades tradicionais no Brasil (povos indígenas, quilombolas, fundo e fecho de pasto, caiçaras, extrativistas, pescadores, ribeirinhos, dentre outros). O aumento do conflito pela água tem sido um problema para essas comunidades e a Bahia concentrou 25,96% das ocorrências desse tipo em 2013, em um universo de 600 comunidades tradicionais pesqueiras litorâneas e ribeirinhas, de acordo com a Comissão Pastoral da Terra.
Sobre a pesca artesanal, assinale a alternativa incorreta.
“Mais que a rejeição da cor da pele de um povo, o racismo se constituiu na negação da história e da civilização desse povo; a rejeição do seu ethos, de seu ser total. A diversidade, contudo, e a riqueza da experiência humana se funda em grande parte na interação, na intercomunicação e no intercâmbio entre culturas específicas. O objetivo verdadeiramente revolucionário não é erradicar as diferenças, mas, antes, evitar que elas sejam transformadas em pedras fundamentais da opressão, da desigualdade de oportunidades ou da estratificação social.” (Abdias do Nascimento e Elisa Larkin.)
De acordo com o exposto, analise as afirmativas a seguir. I. O tempo histórico vivenciado pela sociedade contemporânea, que deseja e reivindica uma educação democrática, impõe à escola novos posicionamentos. A implantação de um novo paradigma educacional de valorização da diversidade, garantindo respeito às diferenças e visualização positiva da cultura afro-brasileira é imperativo da educação antirracista que se deseja construir. II. Com inclusão do ensino de história da África e da cultura africana e afro-brasileira nos currículos oficiais, exigida pela Lei Federal nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003, a escola brasileira tem a oportunidade de contribuir com a ampliação do conceito de democracia, colocando em nível de igualdade de informações os conteúdos trabalhados no currículo escolar sobre os continentes e as diversas culturas mundiais. III. A escola tem priorizado um currículo totalmente voltado para uma concepção de mundo eurocêntrica. Tal posicionamento segue no rumo contrário à concretização de uma proposta de currículo vinculado à realidade brasileira, com base na diversidade e no pluralismo. O contar da história, tanto da humanidade quanto do Brasil, estaria fatalmente prejudicado sem a história africana como fundamento. IV. A construção efetiva da identidade brasileira implica, necessariamente, o reconhecimento e aceitação da representação dos grupos étnicos que compõem este país. Os segmentos negro e indígena vêm sendo historicamente discriminados na historiografia oficial. Hierarquizar ou produzir a eliminação simbólica da história das raízes desses povos é uma demonstração explícita de racismo. Estão corretas as afirmativas
O populismo enquanto conceito foi largamente utilizado para explicar um amplo período da história Brasileira, latino americana e ainda é utilizado para compreender fenômenos sociais e políticos nos EUA e na Rússia Imperial. Atualmente esse conceito foi revisitado e tem sido utilizado para caracterizar governos de extrema direita no mundo. Há alguns anos seu emprego tem sido criticado por diversos historiadores brasileiros. Acerca dessas críticas é correto afirmar que o populismo:
“No século XIX, a abordagem europeia à história asiática tornou-se cada vez mais dominada pelos sentimentos de superioridade europeia e por uma convicção do atraso asiático. Isso, no entanto, foi apenas um fenômeno bastante recente, pois os historiadores europeus tradicionalmente demonstraram um grande respeito pelas antigas civilizações da Ásia. Foi muito diferente da atitude europeia para com a África, que foi sempre considerada um continente a-histórico e o povo africano um povo sem civilização e, por isso, sem história”.
WESSELING, Henk. História de além-mar. IN: BURKE, Peter (org.). A escrita da história: novas perspectivas. Trad. Magda Lopes. São Paulo: Editora Unesp,2011, p.99-133, p.111.
A respeito da escrita da história e a história africana, analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) A ampliação da escrita sobre a história do continente africano insere-se no quadro da nova história social e econômica nas décadas de 1920 e 1930.
( ) Dentre os acontecimentos que favoreceram a ampliação da escrita e do debate sobre a história africana, pode-se mencionar a fundação do The Journal of African History.
( ) Uma peculiaridade no caso da história africana é a necessidade de o(a) historiador(a) depender de fontes exógenas, já que há menos material escrito pelos próprios africanos do que os europeus. Dessa forma, documentos produzidos por viajantes gregos, romanos e árabes, comerciantes ou administradores europeus podem ser utilizados como fonte potencial de compreensão da história do continente.
( ) Embora promissoras, a promoção de novas fontes para a história africana a partir da história oral não se adequa de forma producente na escrita da história.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.