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A lista de conteúdos, sua distribuição pelas séries da escola secundária, as orientações para o trabalho pedagógico elaboradas pelas instituições educacionais durante o período Vargas e expressas nas Orientações Metodológicas (parte importante dos Programas) traduziam a preocupação oficial e as discussões que perpassavam os meios intelectuais brasileiros. Mais do que isso, eram um instrumento ideológico para a valorização de um corpus de ideias, crenças e valores centrados na unidade de um Brasil, num processo de uniformização no qual o sentimento de identidade nacional permitisse o ocultamento da divisão social e a direção das massas pelas elites.

[Katia Abud. Currículos de História e Políticas públicas: os programas de História do Brasil na escola secundária. Em Circe Bittencourt (org). O saber histórico na sala de aula]

O excerto sugere que, no período Vargas,
Durante o período Médici, a política externa orientou-se por um projeto de ampliação de influência e poder na América Latina. (Maria Helena Capelato. “O ‘gigante brasileiro’ na América latina: ser ou não ser latino-americano”. Em: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta. A experiência brasileira (1500-2000): a grande transação.)

Diante dessa orientação da política externa, o governo Médici
Afirmar que a formação do Estado brasileiro foi um processo de grande complexidade não apresenta nenhuma novidade, e a historiografia recente tem revelado razoável consenso quanto a evitar o equívoco de reduzi-lo à ruptura unilateral do pacto político que integrava as partes da América no império português. (István Jancsó e João Paulo G. Pimenta. “Peças de um mosaico (ou apontamentos para o estudo da emergência da identidade nacional brasileira)”. Em: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta. A experiência brasileira. Formação: histórias (1500-2000).)

Tal “grande complexidade” pode ser verificada na obra de
O Brasil não era, em realidade, apenas um, mas era constituído por uma série de colônias. Os ingleses tinham razão quando falavam, nos séculos XVII e XVIII, dos “Brasis”, pois havia de fato mais de uma colônia. (Stuart B. Schwatz. “Gente da terra brazilinese da nasção. Pensando o Brasil: a construção de um povo”. Em: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta. A experiência brasileira. Formação: histórias (1500-2000), p.112.)

A expressão “Brasis”, no contexto referido, está relacionada com
Os primeiros jesuítas dedicaram particular atenção à língua tupi, estudando-a e elaborando, ainda em Quinhentos, algumas obras sobre o tema. O primeiro Vocabulário na língua brasílica foi composto pelo padre Leonardo do Vale (c.1538-1591), que viveu quase 40 anos entre os índios da Bahia, Porto Seguro e São Paulo, tendo sido, no início da década de 1570, nomeado lente de Língua Brasílica no Colégio da Bahia. Elaborou ainda uma Doutrina geral na língua do Brasil (1574), bem como sermões e avisos para a educação e instrução dos índios na Língua do Brasil. O padre José de Anchieta redigiu a primeira Arte de grammatica da lingoa mais usada na costa do Brasil, que circulou manuscrita largo tempo, tendo merecido honras de impressão em Coimbra, em 1595, na oficina de Antônio de Mariz. Esta obra, de cariz fortemente comparatista, designadamente com o latim, “representa uma nova estratégia de abordagem das línguas exóticas que entram no colóquio universalizante do mundo descoberto”. Compôs, ainda, um Dialogo da doctrina christãa, um Confessionário brasílico, sermões, poesias, cantigas e outras obras em língua tupi. (Jorge Couto. “A gênese do Brasil”. Em: Carlos Guilherme Mota (org.). Viagem incompleta. A experiência brasileira. Formação: histórias (1500-2000).)

Considerando o excerto e as discussões do artigo citado, é correto afirmar que