Questões de Concurso

Há um consenso de que a Escola dos Annales revolucionou o modo dos profissionais da História pensarem o conceito de tempo. Os chamados combates por uma Nova História buscaram romper com a perspectiva tradicional de produção do conhecimento histórico.
Analise as sentenças abaixo, tendo como parâmetro as mudanças na produção do conhecimento histórico ao longo do século XX.

I- Os combates por uma Nova História confirmara o lugar da História entre as ciências e a sua definição como a ciência que estuda o passado.
II- A produção do conhecimento histórico tem muito mais proximidade com os problemas elaborados pelos historiadores no presente.
III- O passado está morto e cabe aos historiadores ressuscitá-lo.

A alternativa que responde CORRETAMENTE é:

“Michel de Certeau propôs a expressão 'fazer história', podemos considerar que o acontecimento está ligado a um fazer, a uma fábrica.” (DOSSE, François. A História. São Paulo: UNESP.2012, p.211). Analise as proposições a seguir:

I- Em Certeau, os princípios epistemológicos da história vê na realidade do fato a sua causalidade histórica, considerada a única que dá fundamentos a busca da objetividade.
II- Michel de Ceretau, um historiador jesuíta da França, pensa a História como a ciência que estuda o homem, em seu meio, através dos tempos aplicando métodos científicos e construindo leis gerais.
III- Para Certeau, retomar a noção de regimes de historicidade, no cruzamento entre vivência e o conceito, a psicanálise e a história é perceber que está noção explica a singularidade com a qual as comunidades humanas vivem sua relação com o tempo.
IV- A construção social dos acontecimentos, em Certeau, passa pela tentativa de redução da indeterminação do que aconteceu e ao qual se tenta conferir uma importância determinada em consequência de um sistema de valores. Essa busca tem a vantagem de estar ligada a um lugar, a uma instituição, a uma ancoragem social.


É CORRETO o que se afirma em:

“A oposição fundamental entre Positivismo e Historicismo dá-se em torno de três aspectos fundamentais.” (BARROS, José D'Assunção. Teoria da História. Volume II. RJ. Vozes.2011. p.64). Assinale a alternativa que apresenta estes três aspectos:

“Na vida cotidiana, os homens da Idade Média serviam-se de marcos cronológicos a diferentes universos sociotemporais, impostos a eles por diversas estruturas econômicas e sociais.” (LE GOFF, Jacques. A civilização do Ocidente Medieval. São Paulo: EDUSC,2005, .p.171). Considerando esta temática analise as proposições a seguir:

I- A medição do tempo e do espaço é um instrumento de dominação social de excepcional importância. Quem controla as medidas reforça de modo muito particular o seu poder sobre a sociedade.
II- O tempo medieval era antes de tudo um tempo comercial dominado pelos cavaleiros com a benção do poder clerical, abrindo rotas comerciais e favorecendo ao surgimento de feiras, centros de trocas e vendas de produtos agrícolas.
III- O tempo medieval é principalmente religioso e clerical. Tempo religioso porque o ano é, antes de tudo, litúrgico. Tempo clerical, porque o clero, por sua cultura, domina a medição do tempo.

É CORRETO o que se afirma em:

“Historiadores franceses dos Annales e historiadores ingleses neomarxitas trabalhavam, do final dos anos 1960 aos anos 1980, com uma história social que avançava para os domínios cultural” (PESAVENTO, Sandra Jatahy. História & História Cultural. BH. Autêntica.2003. P.32.).

Analise as proposições a seguir:

I- A história social dos Annales nos anos 1980 trabalhava a ideia da contradição de classe, distanciando-se da ideia da diferença que desvendava toda uma trama de relações e de grupos presentes na sociedade.
II- Centralizando a sua fundamentação no viés economicista e mecanicista de análise, numa perspectiva de idealismo althusseriano, a história social nos anos 1980 desconsiderava os chamados silêncios de Marx, nos domínios do político, do rito, das crenças e dos hábitos.
III- Edward Thompson abandonou, nos anos 1960 a 1980, a clássica definição marxista leninista, que identifica a classe pela posição ocupada junto aos meios de produção, alargando o conceito, entendendo que a categoria deveria ser apreciada no seu fazer-se, na sua experiência como classe.

É CORRETO o que se afirma em: