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As tecnologias produzidas no Brasil, com o conhecimento africano, e transmitidas pelos afrodescendentes, são elementos importantes da matriz africana. Elas estiveram presentes na cultura negra durante o período escravocrata, no período pós-abolição e, claro, estão presentes também na atualidade. Elas representam formas de organização dos territórios a partir da civilidade africana e afrodescendente. Os conhecimentos associados às tecnologias africanas e afrodescendentes foram transmitidos durante o escravismo e na formação dos quilombos. Tiveram papel importante nos processos de resistência ao escravismo e estiveram na gênese de tecnologias africanas e afrodescendentes presentes na metalurgia, mineração, agricultura, construção civil, carpintaria, produção têxtil, navegação, fabricação de instrumentos musicais, medicina, engenharia e outras áreas.

(SILVA, L. C. R., DIAS, R. B. As tecnologias derivadas da matriz africana no Brasil,2010. Adaptado.)

O processo de escravidão transatlântica não trouxe apenas pessoas para servirem como mão de obra nas colônias da América, mas também tecnologias, cosmovisão, plantas e diversos conhecimentos em fluxos que não foram totalmente interrompidos com o término da escravidão, mas que se mantiveram ativos. Mostrar a presença das tecnologias africanas e afrodescendentes no Brasil implica, dentre outros fatores:
Sem dúvidas, a cultura indígena foi influenciada pelos processos de conversão, entre eles, o que foi implantado pelos missionários jesuítas no território brasileiro, para cristianizar os gentios reunidos:
A História do Brasil deve ser compreendida de acordo com aspectos políticos, econômicos e sociais e estudado a partir do desenvolvimento das atividades ocorridas no território nacional. Sobre o período que a historiografia nomeia como Brasil Colonial, é correto afirmar que:
“Depois de dominado o território foi preciso ocupar de forma produtiva a terra, montando nela um sistema de produção cujos lucros cobrissem os gastos da ocupação adotando no Brasil. Alguns historiadores consideram que a origem do Estado no Brasil data da implantação do governo-geral em Salvador na Bahia, e teve como importância, segundo Boris Fausto: ‘a instituição do governo-geral iria representar um passo importante na organização administrativa da colônia e também representou um esforço de centralização administrativa’, trecho retirado do livro História Concisa do Brasil.” (Disponível em: http://bloghistoriacritica.blogspot.com.br/2009/11/formacao-do-estado-no-brasil-colonia-e.html.) Uma das principais funções a que se propunha do governo-geral citado era:
“Em março de 1534 o Rei de Portugal, Dom João III, dividiu a costa do país em Capitanias Hereditárias. Eram quinze lotes que formavam doze capitanias, que iam da Ilha de Marajó, a norte, até o sul do Estado de Santa Catarina. Foram definidas como faixas lineares de terra, que ignoravam os acidentes geográficos, e iam do litoral da costa do Brasil até o Tratado de Tordesilhas. Portanto, inicialmente apenas 20% da América do Sul pertenciam a Portugal por este Tratado.” (Innocentini,2009, p.14.) O sistema de Capitanias Hereditárias, no contexto da formação do espaço social brasileiro à apropriação da terra, foi adotado no Brasil, dentre outros motivos: