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O trabalho com diversidade cultural se dá a cada instante; exige que a escola alimente uma “cultura de paz”, baseada na tolerância, no respeito aos direitos humanos e na noção de cidadania compartilhada por todos. O aprendizado não ocorrerá por discursos; e, sim, em um cotidiano em que uns não sejam “mais diferentes” do que os outros. Reconhecer e valorizar a diversidade cultural é atuar sobre um dos mecanismos de discriminação e exclusão, entraves à plenitude da cidadania para todos e, portanto, para a própria nação.
(PCN,1998, p.122.)
Diante do cenário escolar atual, percebe-se a necessidade de repensar as práticas escolares, para melhor atender a tais problemáticas que permeiam os muros das escolas, pensando nas possibilidades de mudanças; dessa forma, são consideradas providências a serem tomadas para valorização da diversidade cultural nas escolas, EXCETO:

“...do contraste entre o um e o múltiplo, ou entre o mesmo e o ‘outro’, nasce a problemática da cultura. (...) Cultura é termo polissêmico. Não se trata, contudo, de percebê-lo dentro da lógica do senso comum que dá margem a declarações sobre os grupos que diferem de nós, em tons que podemos identificar nas seguintes expressões: 'eles não têm cultura, são selvagens, sem moral, têm costumes bárbaros".


Pode-se nomear a ação social e a prática educativa que apreendem e interpretam o outro - individual ou coletivo, seu modo e estilo de vida, a partir de referenciais de sua própria cultura, como

A qualidade social da educação deve considerar as dimensões intra e extraescolares que afetam as condições de ensino e aprendizagem. São dimensões extraescolares:

Os professores indígenas não possuem mais tempo para aprender as coisas de sua cultura, pois, como professores oficiais de sua tribo, de seu grupo, precisam usar todo o tempo para aprender e dar conta dos conteúdos que seus superiores esperam que eles desenvolvam em sala de aula. Trata-se de conteúdos que lhes chegam pela escrita em cartilhas, textos, livros, documentos. Deixam, assim, de ter a possibilidade de ser professores interculturais, para atuar no campo das diferenças entre o mundo indígena e a sociedade inclusiva. Não basta ensinar na língua indígena; é preciso participar, partilhar, trocar e, com isso, manter a aprendizagem no interior da própria cultura para, como experiência, fazê-la dialogar com tudo isso que vem como exigência e obrigatoriedade por parte da escola como instituição.

(Adaptado de: GUSMÃO, N. M. M. "Antropologia, diversidade e educação: um campo de possibilidades". Revista Ponto e vírgula, n.10, pp.32-45,2011)


Com base no conteúdo do texto,

Questionados sobre os motivos pelos quais ainda não se alfabetiza na língua indígena nas escolas das aldeias, os professores alegam que o diretor ou os gestores municipais não apoiam a educação escolar indígena. Outro argumento comum é a pressão dos pais de alunos, que esperam da escola a preparação de seus filhos para um contexto urbano no qual a língua dominante é a língua portuguesa, pensando em posições de trabalho mais rentáveis.

(Adaptado de: Sousa, N. M.; Souza, T. “Saberes indígenas: vivência e convivência”. Revista Humanidades e Inovação, v.4, n.3,2017)


De acordo com o texto,