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Procurando determinar os contrastes entre o comércio de africanos e o comércio de índios, examino o contexto ligado às práticas comutativas por meio das quais o escravo é obtido por métodos convencionados e transações preestabelecidas. Leis sucessivamente editadas permitiam três modos de apropriação de indígenas: os resgates, os cativeiros e os descimentos. (ALENCASTRO, Luiz Felipe de. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p.119).
O autor cita os três principais modos de aquisição de mão de obra indígena para o trabalho compulsório, no Brasil colonial. Em relação a esses modos de aquisição, justifica-se considerar que
A melhor conservação das estradas de rodagem e traçado de novos caminhos, a abertura de vias férreas, o progresso nos métodos de beneficiamento de café, com o emprego de máquinas cada vez mais aperfeiçoadas, contribuirão para modificar as relações de produção, favorecendo a passagem do trabalho servil para o trabalho livre, criando maiores possibilidades para a imigração. (...) O movimento abolicionista extinguiu-se com a Abolição. Fora primordialmente uma promoção de brancos, de homens livres. A adesão de escravos viera depois.
Nascera mais dos entraves que esta representava para a economia em desenvolvimento, do que propriamente do desejo de libertar a raça escravizada em benefício dela própria, para integrá-la à sociedade dos homens livres. Alcançado o ato emancipador (Abolição da escravidão em 1888), abandonou-se a população de ex-escravos à sua própria sorte (COSTA,1966, p.154-450).

Nesse contexto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. A partir da proibição do tráfico negreiro (1850) e, consequentemente, do fim da importação de escravos africanos, era imprescindível encontrar uma solução para a substituição da força de trabalho. No plano social, a imigração de trabalhadores não teria como apagar a marca da escravidão, que deixou sinais no país desde os tempos coloniais.
PORQUE
II. As modernizações do período não garantiram que a economia brasileira sofresse transformações radicais. Entretanto, as mudanças operadas e o fim da escravidão foram suficientes para solapar as bases sociais, econômicas e políticas da Monarquia, abrindo caminho para a proclamação da República.

A respeito dessas asserções, assinale a alternativa CORRETA:
O Estado, que se construiu até por volta de 1850, teve como sustentáculo essas duas instituições: a monarquia e a escravidão. Caindo a escravidão em 1888, desmoronou o Estado imperial. Mas é preciso ponderação na análise das causas da queda do regime monárquico. Fatores de ordem diversa contribuíram para isso. (MALERBA,1999, p.144).

De acordo com o trecho acima e considerando a campanha abolicionista e a lei Áurea, assinale alternativa CORRETA:
A herança escravista deitou raízes tão profundas na sociedade brasileira que ainda hoje se fazem sentir. Além da inabarcável contribuição da cultura negra, são exemplos importantes as fronteiras mal delimitadas entre as esferas pública e privada e a semelhança estrutural entre ambas, principalmente até o final do Império. (MALERBA,1999, p.39).
De acordo com o trecho acima e considerando a sociedade escravagista e a construção do estado brasileiro, assinale a alternativa CORRETA:
Nenhuma região brasileira sentiu mais a chegada da Corte do que o Rio de Janeiro, sede do vice-reino desde 1763, escolhida para ser a capital provisória do Império luso-brasileiro. Para se ter uma ideia, a população cresceu de sessenta mil habitantes em 1808 para cento e doze mil em 1821, quando a família real regressou a Portugal. Suas funções comerciais ampliaram-se, já que o porto do Rio de Janeiro era o principal escoadouro da produção da região centro-sul do Brasil, desde o auge da exploração aurífera no século XVIII. (MALERBA,1999, p.9-10).
De acordo com o trecho acima e considerando a vinda da Corte e as transformações promovidas no Brasil durante o início do Império, assinale a alternativa CORRETA: