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Leia o trecho abaixo:
A função simbólica consiste na capacidade que a criança adquire de diferenciar significantes e significados. Por meio de suas manifestações, a criança torna-se capaz de representar um significado (objeto, acontecimento) através de um significante diferenciado e apropriado para essa representação. (Piaget,1975) Dessa forma, a criança [...] passa a contar com a possibilidade de representar as ações, as situações e os fatos de vida dela, ao manifestá-las por meio da construção da imagem mental, imitação diferida, jogo simbólico, linguagem e desenho. (Unzun de Freitas,2010, p.146)
Numa perspectiva piagetiana, quando surgem, de forma significativa e característica, as manifestações da função simbólica?
Leia o seguinte trecho do livro “Aprender Pensando” de Terezinha Carraher (2008, p.34)
“Se a criança, mesmo antes de ser alfabetizada, possui concepções a respeito da escrita, se é capaz de aprender como a fala está representada num sistema de escrita alfabética, de que aspecto do desenvolvimento cognitivo depende esta capacidade? Piaget (1967) demonstrou que, num determinado estágio do seu desenvolvimento cognitivo, a criança não consegue conceber a palavra e objeto a que se refere como duas realidades distintas.”
Qual o nome atribuído por Piaget para caracterizar esse tipo de pensamento infantil?
Ao dividir o desenvolvimento da criança em estágios, Piaget buscou explicar as principais características de cada etapa, ressaltando que habilidades adquiridas em estágios anteriores são essenciais para o domínio de estágios posteriores. Assim, os estágios representam o desenvolvimento da inteligência, que não ocorre de forma linear, nem por acúmulo de informações. Ele se dá por saltos, por rupturas, modificando-se com as experiências.
Sobre os estágios de desenvolvimento da criança defendido por Piaget, analise as alternativas e assinale a INCORRETA:
A capacidade de organizar e estruturar a experiência vivida vem da própria atividade das estruturas mentais que funcionam seriando, ordenando, classificando, estabelecendo relações. Há um isomorfismo entre a forma pela qual a criança organiza a sua experiência e a lógica de classes e relações. Os diferentes níveis de expressão dessa lógica são o resultado do funcionamento das estruturas mentais em diferentes momentos de sua construção. Tal funcionamento, explicitado na atividade das estruturas dinâmicas, produz, no nível estrutural, o que Piaget denomina os “estádios” de desenvolvimento cognitivo. Os estádios expressam as etapas pelas quais se dá a construção do mundo pela criança.

Com estes critérios Piaget distinguiu quatro grandes períodos no desenvolvimento das estruturas cognitivas, intimamente relacionados ao desenvolvimento da afetividade e da socialização da criança:

I. Estádio da inteligência sensório-motora (até, aproximadamente, os 2 anos).
II. Estádio da inteligência simbólica ou pré-operatória (2 a 7-8 anos).
III. Estádio da inteligência operatória concreta (7-8 a 11- 12 anos).
IV. Estádio da inteligência formal (a partir, aproximadamente, dos 12 anos).


Estão CORRETAS:
Para Piaget os comportamentos estudados da inteligência são suscetíveis de se converter em jogo, porque se repetem pelo simples prazer da função, a qual o estudioso denominou assimilação. Com o objetivo de entender o desenvolvimento da linguagem na criança é que ele acabou estudando detalhadamente o jogo infantil. Piaget, descreveu detalhadamente, o que considerou de jogo de exercício e dividiu em fases, são elas:


I. A primeira, denominada de preparação reflexa, que é quando certos processos mentais se transformarão em imitação. Na medida em que o reflexo se repete, ocorre a assimilação funcional, que tornará possível os condicionamentos.


II. A segunda fase é caracterizada quando os reflexos assimilam certas funções exteriores, ampliando-se em função da experiência, por exemplo quando a criança se acomoda a um novo som, desde que ele se identifique com os sons anteriores.


III. A terceira fase consiste na imitação sistemática de sons, já pertinentes à formação da criança e de movimentos executados anteriormente de maneira visível. Nesta fase o contágio vocal e a imitação esporádica dão lugar a uma imitação sistemática e intencional, de cada um dos sons conhecidos pela criança.


IV. Na quarta fase há a imitação de movimentos executados pelo sujeito, mas de maneira invisível para ele. Isso faz com que se torne capaz de assimilar os gestos de outrem aos de seu próprio corpo.


V. A quinta fase se caracteriza pela imitação sistemática de novos modelos, incluindo os que correspondem a movimentos invisíveis para o corpo.


VI. Na sexta e última fase é da imitação diferida, quando a criança se torna capaz de imitar interiormente uma série de modelos. A imitação atinge os primórdios do processo de representação, até mesmo porque esta acaba ocorrendo em função dos movimentos que lhe interessam.


Estão CORRETAS: