No livro “Racismo e anti-racismo na educação” (2001), Eliane Cavalleiro apresenta parte de seu trabalho em um artigo no qual foram destacados dados resultantes de pesquisas com professores negros e não negros, assim como alunos. Cavalleiro analisa que a criança negra, quando é constrangida, não chega a ser “acolhida” e exemplifica isso com o depoimento de uma menina de apenas seis anos que sofre em ambiente escolar com o racismo e, mesmo se queixando à professora, esta nada fez em relação aos fatos relatados. Cavalleiro aponta que essa “ausência de atitude por parte dos(as) professores(as) sinaliza à criança discriminada que ela não pode contar com a cooperação de seus(suas) educadores(as). Por outro lado, para a criança que discrimina, sinaliza que ela pode repetir a sua ação visto que nada é feito, seu comportamento nem sequer é criticado”. Assim, a pesquisadora conclui seu pensamento afirmando que, nesses casos, a conivência por parte dos profissionais da educação