Durante a organização dos Jogos Intercampi de um IF, um grupo de alunas solicita a inclusão de uma categoria mista no futebol, argumentando que, além de se sentirem mais à vontade jogando com colegas do sexo oposto, há número reduzido de meninas no campus, o que inviabiliza a formação de uma equipe exclusivamente feminina. Para elas, a divisão por gênero nas competições reforça desigualdades e limita sua participação em um evento que deveria ser educativo e integrador. Contudo, parte da comissão organizadora alega que a inclusão de categorias mistas comprometeria a competitividade e a “natureza do esporte”. Em uma assembleia estudantil, o professor de Educação Física, responsável por acompanhar pedagogicamente o evento, propõe um espaço de debate que envolva o histórico das normas de gênero nos esportes modernos; a reflexão sobre os critérios que definem categorias nas competições; a análise dos sentidos atribuídos ao esporte como construção social e cultural; e o questionamento da ideia de mérito e “naturalização” de diferenças corporais. Com base nesse contexto, assinale a alternativa que expressa a mediação pedagógica mais coerente com uma perspectiva crítica e emancipadora da Educação Física.