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“Um dos grandes problemas que se encontram no ensino de Sociologia tem sido a simples transposição de conteúdos e práticas de ensino do nível superior – tal como se dá nos cursos de Ciências Sociais – para o nível médio. Esquecem-se as mediações necessárias ou por ignorância ou por preconceito: por ignorância porque muitos professores de cursos superiores desconhecem metodologias de ensino, estratégias, recursos, etc. que permitiriam um trabalho mais interessante, mais proveitoso, mais criativo e produtivo; ignora-se mesmo que a aula expositiva seja um caso, talvez o mais recorrente, mas não o único, com que se podem trabalhar os conteúdos de ensino; o preconceito deve-se à resistência a preocupações didáticas ou metodológicas no que se refere ao ensino, acreditando-se que basta ter o conhecimento – as informações? – para que se possa ensinar algo a alguém. É necessário, mas não suficiente. Os professores do nível superior prevalecem-se de uma situação peculiar desses cursos: os alunos que ali estão o fazem por escolha e não por obrigação, enquanto os alunos da escola básica ali estão por obrigação e não por escolha – não estão ali para serem sociólogos, historiadores, matemáticos, físicos ou literatos”.
BRASIL. Orientações curriculares para o ensino médio. Brasília: Ministério da Educação,2006.
Com base nas Orientações curriculares para o ensino médio, avalie as asserções a seguir e a relação entre elas.
I. As dificuldades do ensino de Sociologia começam nas universidades, com cursos desprovidos de estratégias pedagógicas para transposição dos conteúdos ensinados no ensino superior para o ensino médio.
PORQUE
II. Entre outros problemas, os professores universitários não dispõem de formação didática adequada para o ensino em nível médio, além de não desenvolverem estratégias para o ensino de um público não constituído por interesse na matéria.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
“Um dos objetos de estudo cada vez mais frequente é o da ação coletiva e suas diversas formas de expressão e visibilidade: desde os rituais de iniciação e rixas intertribais, passando por revoltas camponesas e banditismo social, levantamentos por carestia alimentar ou exceção de impostos, conflitos sociais por razões salariais e outras podendo desembocar em protestos, greves e manifestações, mobilizações contra guerra e pela paz, pela defesa do meio ambiente ou movimentos étnicos, religiosos, nomeadamente os de cariz profético ou messiânico. Porém, a questão que surge como mais relevante consiste em saber como é que surgem tais ações coletivas; ou seja, quais as precondições necessárias, quais as fases pelas quais uma determinada entidade social (etnia, classe, grupo profissional ou movimento interclassista como o feminista ou ambiental) forja uma identidade e consciência (inter) grupal capaz de encontrar uma plataforma comum de objetivos e despoletar uma ação coletiva”.
SILVA, Manuel Carlos; DOS REIS JORGE, Ana Margarida. Acção colectiva: condições, oportunidades e limites. Um estudo de caso sobre um assentamento do MST. Revista de Ciências Sociais, v.39, n.1,2008.
A partir do texto apresentado, escreva V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma nos itens abaixo.
( ) A compreensão sociológica das ações coletivas deve buscar encaixar as manifestações aos modelos teóricos clássicos, buscando identificar como se comportam no interior do processo de lutas de classe.
( ) As ações coletivas envolvem múltiplas maneiras de fazer e lutar, em virtude de problemas sociais que não estão inscritos na prática a priori, exigindo dos pesquisadores estratégias de compreensão de sua complexidade.
( ) O estudo de movimentos sociais exige estratégias metodológicas para compreensão dos objetivos de complexas lutas sociais produzidas por múltiplas causalidades e que geram efeitos sociais diversos.
( ) As identidades sociais forjadas nas lutas coletivas constituem um problema para análise sociológica, pois a fragmentação das ações coletivas contribuem para criação de movimentos destituídos de referência e potencial revolucionário.
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:
“O questionamento do mundo colonial pelo colonizado não é um confronto racional dos pontos de vista. Não é um discurso sobre o universal, mas afirmação passional de uma originalidade apresentada como absoluta. O mundo colonial é um mundo maniqueísta. Não basta ao colono limitar fisicamente, isto é, com seus policiais e guardas, o espaço do colonizado. Como que para ilustrar o caráter totalitário da exploração colonial, o colono faz do colonizado uma espécie de quintessência do mal”. (FANON, Frantz. Os condenados da terra. Juiz de Fora: Ed. UFJF,2005).
Considerando as reflexões de Frantz Fanon sobre o mundo colonial, avalie as afirmações a seguir.

I. O domínio de princípios universais possibilita ao colono estabelecer noções de certo e errado que constroem um mundo a ser respeitado pelos colonizados.
II. Os valores que compõem o mundo colonial são meios de estabelecer os colonizados como elementos corrosivos que representam uma espécie de mal absoluto.
III. O colono estabelece um domínio racional que garante ao colonizado sua humanidade na medida em que ele compreende as regras de conduta estabelecidas.
É correto o que se afirma somente em
“O modo com o qual a linguagem opera a favor da normatividade é amplamente percebido no caso de Ana, chamada de “Canhão” (referente à estética), “Bombril”, “Cabelo de vassoura” (raça) e “Sargento”. Quanto a “sargento”, não consegui obter sequer uma justificativa por parte das crianças, mas acredito estar negativamente associado à postura exacerbadamente agressiva de Ana, o que a “masculinizaria”. Estigmatizada no olhar racializado dos garotos brancos, Ana ainda se torna alvo de chacota devido a um comportamento que transgride a matriz heterossexual. Mas, novamente, a reconfiguração do sexo e do gênero ganha um caráter de desvalorização. Através de um gênero masculinizado que não corresponde à linearidade esperada pela matriz heterossexual e na relação com outros marcadores sociais “desprivilegiados”, Ana tem garantido o “direito” a uma posição inferiorizada nas relações de poder produzidas no interior do grupo”.
SOUZA, Érica Renata. Marcadores sociais da diferença e infância: relações de poder no contexto escolar. Cadernos Pagu, n.26, p.169-199,2006.
Considerando o que se afirma no texto, assinale a afirmação verdadeira.
“O produto do trabalho é, em todas as condições sociais, objeto de uso, mas o produto do trabalho só é transformado em mercadoria numa época historicamente determinada de desenvolvimento: uma época em que o trabalho despendido na produção de uma coisa útil se apresenta como sua qualidade “objetiva”, isto é, como seu valor. Segue-se daí que a forma de valor simples da mercadoria é simultaneamente a forma-mercadoria simples do produto do trabalho, e que, portanto, também o desenvolvimento da forma-mercadoria coincide com o desenvolvimento da forma de valor”.
MARX, Karl. O Capital. São Paulo: Boitempo,2011.
A partir do texto apresentado, escreva V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma nos itens abaixo sobre a concepção de mercadoria trabalhada por Karl Marx.
( ) A mercadoria pode ser compreendida como coisa, pois tem uma objetividade inerente a sua existência como objeto do trabalho humano.
( ) O produto do trabalho só é transformado em mercadoria numa época historicamente determinada de desenvolvimento.
( ) O caráter misterioso da forma-mercadoria consiste no fato de ela refletir às pessoas os caracteres sociais do seu próprio trabalho.
( ) O caráter fetichista da mercadoria expressa formas subjetivas criadas por produtores que retratam suas ideologias como princípios universais.
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência: