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O arranjo taxonômico mais recente, e aceito por muitos autores, das micobactérias segue as propostas iniciais do International Working Group on Mycobacterial Taxonomy (IWGMT). As propostas incluíam estudos polifásicos com diferentes propriedades biológicas das espécies tais como caracterizações quimiotaxonômica e filogenética. Sobre os bacilos micobacterianos de crescimento lento potencialmente patogênicos, de uma das categorias sugeridas pelo IWGMT, analise as afirmativas a seguir.

I. O complexo M. avium–intracellulare inclui M. avium subsp. avium, M. avium subsp. paratuberculosis (Map), M. avium subsp. silvaticum, e M. intracellulare, que constituem o grupo III de Timpe & Runyon (1954) e são distribuídas em “serovares". Tais espécies (ou subespécies) são consideradas patógenos potenciais em seres humanos, algumas patógenos obrigatórios como M. avium subsp. silvaticum.

II. A espécie M. kansasii consiste em um dos três principais patógenos micobacterianos de crescimento lento frequentemente isolados de pacientes imunocompetentes ou imunocomprometidos com doença pulmonar no mundo. A espécie pode ser subdividida em cinco genótipos baseados em técnicas moleculares de análise de fragmentos após restrição enzimática e hibridização com sondas IS1652. Estudos filogenéticos indicam maior homologia (similaridade) com dessa espécie com M. gastri.

III. Dentre bacilos micobacterianos não pertencentes ao complexo M. tuberculosis e não patogênicos, estão M. genavense, M. haemophilum, M. malmoense, M. marinum e M. simiae.

Assinale:
As micobactérias apresentam diferentes compostos na parede celular, incluindo proteínas, lipoarabinomanos, ácidos micólicos e outros. Tais compostos estão distribuídos em diferentes camadas e compõem um mosaico complexo e com alto conteúdo de lipídeos complexos. Dentre as estruturas abaixo, indique a única que não faz parte da composição da parede celular micobacteriana.

Assinale:
O gênero bacteriano Mycobacterium, descrito em 1986 por Lehmann & Neumann, consiste em formas cocobacilares ou ramificadas, álcool-ácido resistentes, Gram-positivas fracas, imóveis. A maior parte das 148 espécies e 11 subespécies descritas para o gênero (Euzéby, 2010) compreende o grupo das Micobactérias Não Tuberculosas. O grupo foi inicialmente divido em 1954 por Timpe & Runyon em categorias taxonômicas de forma a auxiliar na identificação das mesmas. Apesar de tais categorias não serem utilizadas como unidades formais taxonômicas, estas são úteis na classificação e na identificação preliminar de cepas isoladas. Com base nessa categorização taxonômica, assinale a alternativa incorreta.
Durante os estágios iniciais de um processo infeccioso, as bactérias precisam expressar adesinas permitindo a ligação às células do hospedeiro. Após essas etapas, a expressão de exotoxinas e fatores de evasão precisa ser regulada positivamente, com concomitante repressão dos fatores de colonização. A regulação da expressão de fatores de virulência pode ser controlada por diferentes mecanismos, por exemplo, sistemas de transdução de sinal de dois componentes. São exemplos desses sistemas, exceto:
O laboratório de bacteriologia desempenha um importante papel no diagnóstico e no controle das doenças infecciosas. Os métodos diagnósticos em bacteriologia são variados, incluindo desde os microscópicos até a microbiologia molecular, passando por métodos fenotípicos e sorológicos. Sobre os métodos de diagnóstico em bacteriologia, analise as afirmativas abaixo.

I. Dentre os métodos de microscopia após coloração com reagentes específicos, destaca-se o método de coloração de Gram, utilizado para a maioria das bactérias, e o método de coloração de Ziehl-Neelsen, utilizado especialmente no diagnóstico das infecções por Mycobacterium spp., Nocardia spp., Rhodococcus spp. e Mycoplasma spp..

II. Nos laboratórios de microbiologia, a cultura de microrganismos continua sendo o principal método diagnóstico. No entanto, muitos microrganismos não crescem nos meios de cultura in vitro e, dessa forma, os métodos sorológicos se tornaram uma boa alternativa diagnóstica. Um importante exemplo de diagnóstico sorológico para infecções bacterianas é a técnica de imunofluorescência utilizada para diagnóstico de infecções por Chlamydia trachomatis, conhecida como FTA-Abs.

III. Com os avanços da biologia molecular, muitas técnicas genotípicas são hoje utilizadas como ferramentas diagnósticas em bacteriologia. Enquanto a técnica de reação em cadeia da polimerase é amplamente empregada para detecção de microrganismos não cultiváveis, as técnicas de eletroforese em gel de campo pulsado e a análise do polimorfismo do comprimento do fragmento de restrição são mais utilizadas para a tipagem de cepas bacterianas.

Assinale: