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UFU-MG - 2025 - UFU-MG - Administrador
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No mundo sutil dos relacionamentos, nem sempre as palavras dizem tudo. Às vezes, o que não é dito fala mais alto — e mais dolorosamente. O chamado "silêncio barulhento" é um desses casos. Trata-se daquele momento em que alguém, de forma deliberada, escolhe ignorar o outro, deixando no ar uma mensagem clara: “Você está sendo punido”. Pode vir disfarçado de uma saída teatral da sala, de uma ausência repentina nas mensagens ou de um olhar que evita, intencionalmente, o encontro. É um comportamento que, mesmo sem palavras, grita.
É compreensível por que muitas pessoas recorrem ao tratamento do silêncio. No calor de um conflito, pode parecer reconfortante manter o controle e fazer o outro "sofrer um pouco". Mas esse controle vem com um custo alto. Quando usamos o silêncio como forma de punição, o que transmitimos não é apenas distanciamento, mas rejeição, exclusão e abandono.
E não é só uma questão emocional: estudos mostram que ser ignorado ou excluído ativa no cérebro as mesmas regiões envolvidas na dor física. Em outras palavras, o silêncio imposto machuca, literalmente.
ANGELO, L. Este hábito silencioso pode arruinar o seu relacionamento sem você perceber. Vogue Brasil, São Paulo, maio 2025. Disponível em: https://vogue.globo.com/. Acesso em: 1 jun.2025. (Fragmento)
Na expressão em destaque no texto, a escolha do pronome “você” como sujeito da oração tem como efeito
É compreensível por que muitas pessoas recorrem ao tratamento do silêncio. No calor de um conflito, pode parecer reconfortante manter o controle e fazer o outro "sofrer um pouco". Mas esse controle vem com um custo alto. Quando usamos o silêncio como forma de punição, o que transmitimos não é apenas distanciamento, mas rejeição, exclusão e abandono.
E não é só uma questão emocional: estudos mostram que ser ignorado ou excluído ativa no cérebro as mesmas regiões envolvidas na dor física. Em outras palavras, o silêncio imposto machuca, literalmente.
ANGELO, L. Este hábito silencioso pode arruinar o seu relacionamento sem você perceber. Vogue Brasil, São Paulo, maio 2025. Disponível em: https://vogue.globo.com/. Acesso em: 1 jun.2025. (Fragmento)
Na expressão em destaque no texto, a escolha do pronome “você” como sujeito da oração tem como efeito
GALVÃO, J. Disponível em: https://www.instagram.com/p/DKpImXIRMKZ/. Acesso em: 9 de jun.2025.
Nessa charge, a intenção discursiva é
Niède Guidon era, sobretudo, guerreira. Nunca parou de lutar, muitas vezes sozinha, assim como a mulher milenar enterrada com as armas e cujo corpo ela descobriu no início deste século em sua amada Serra da Capivara. Brigou para defender a arqueologia, o meio ambiente, e superar as injustiças sociais. O Brasil e a Humanidade devem a ela a descoberta e a preservação de um patrimônio cultural e natural único.
Quem teve o privilégio de conviver com ela, reconhecia que a personalidade forte e o jeito de ser que mimetizava o do sertão, podiam não ser fáceis. Niède era braba. Mas ela sabia que sem coragem e couraça não há quem enfrente os espinhos da Caatinga, as durezas da vida acadêmica, os perigos de defender o meio ambiente, a violência do preconceito e do machismo.
A mesma coragem que a levava morro acima para escavar um sítio arqueológico com pinos nos joelhos quando já passara dos 80 anos, a impulsionou para fazer o patrimônio da Serra da Capivara conhecido mundo afora. E tentou protegê-lo com todas as suas forças.
Há décadas a unidade de conservação criada graças a seus esforços já contava com placas trilíngues, projetos de visitação e modelo de gestão de um tipo que os demais parques brasileiros jamais chegaram a ter.
AZEVEDO, A. L. Guerreira, Niède Guidon nunca deixou de lutar para defender a arqueologia, o meio ambiente e superar as injustiças sociais. O Globo, Rio de Janeiro, jun.2025. Disponível em: https://oglobo.globo.com. Acesso em: 5 jun.2025. (Fragmento)
No trecho, a expressão destacada cumpre uma função argumentativa de
Quem teve o privilégio de conviver com ela, reconhecia que a personalidade forte e o jeito de ser que mimetizava o do sertão, podiam não ser fáceis. Niède era braba. Mas ela sabia que sem coragem e couraça não há quem enfrente os espinhos da Caatinga, as durezas da vida acadêmica, os perigos de defender o meio ambiente, a violência do preconceito e do machismo.
A mesma coragem que a levava morro acima para escavar um sítio arqueológico com pinos nos joelhos quando já passara dos 80 anos, a impulsionou para fazer o patrimônio da Serra da Capivara conhecido mundo afora. E tentou protegê-lo com todas as suas forças.
Há décadas a unidade de conservação criada graças a seus esforços já contava com placas trilíngues, projetos de visitação e modelo de gestão de um tipo que os demais parques brasileiros jamais chegaram a ter.
AZEVEDO, A. L. Guerreira, Niède Guidon nunca deixou de lutar para defender a arqueologia, o meio ambiente e superar as injustiças sociais. O Globo, Rio de Janeiro, jun.2025. Disponível em: https://oglobo.globo.com. Acesso em: 5 jun.2025. (Fragmento)
No trecho, a expressão destacada cumpre uma função argumentativa de
Nas últimas décadas, o exercício da medicina no Brasil vem passando por transformações profundas e preocupantes. O que se observa é a consolidação de um modelo de saúde que, _______________ tenha como base o ideal do Estado de Bem-Estar Social, vem sendo progressivamente moldado por interesses econômicos, gerenciais e mercadológicos que colocam em risco a autonomia médica, a qualidade da assistência e a própria segurança dos pacientes.
A criação do Sistema Único de Saúde (SUS), consagrado pela Constituição Federal de 1988, representou um marco histórico na defesa do direito à saúde como prerrogativa universal, pública e integral. Ao lado do SUS, desenvolveu-se e consolidou-se o Sistema Suplementar de Saúde, que hoje atende cerca de 25% da população brasileira.
Essa coexistência entre os setores público e privado, longe de ser apenas complementar, resultou na transformação da saúde em um setor altamente lucrativo, que movimenta bilhões de reais por ano e envolve interesses diversos — operadoras de planos de saúde, hospitais privados, indústria farmacêutica, além do próprio Estado.
MEINÃO, F. Disponível em: https://veja.abril.com.br/coluna/letra-de-medico/como-a-precarizacao-do-trabalho-medico-afeta-toda-asociedade-brasileira/. Acesso em: 16 jun.2025. (Fragmento)
De acordo com o texto, o tracejado deve ser completado pelo uso de um termo que apresenta relação
A criação do Sistema Único de Saúde (SUS), consagrado pela Constituição Federal de 1988, representou um marco histórico na defesa do direito à saúde como prerrogativa universal, pública e integral. Ao lado do SUS, desenvolveu-se e consolidou-se o Sistema Suplementar de Saúde, que hoje atende cerca de 25% da população brasileira.
Essa coexistência entre os setores público e privado, longe de ser apenas complementar, resultou na transformação da saúde em um setor altamente lucrativo, que movimenta bilhões de reais por ano e envolve interesses diversos — operadoras de planos de saúde, hospitais privados, indústria farmacêutica, além do próprio Estado.
MEINÃO, F. Disponível em: https://veja.abril.com.br/coluna/letra-de-medico/como-a-precarizacao-do-trabalho-medico-afeta-toda-asociedade-brasileira/. Acesso em: 16 jun.2025. (Fragmento)
De acordo com o texto, o tracejado deve ser completado pelo uso de um termo que apresenta relação
Um novo estudo publicado na revista Nature Communications buscou compreender os segredos celulares por trás de uma habilidade extraordinária dos axolotes: a regeneração de membros inteiros.
O superpoder funciona mais ou menos assim: se um predador morde um pedaço do corpo do bichano (ou se um acidente cria alguma deficiência), basta ficar escondidinho por um tempo, esperando a parte do organismo crescer do zero. E eles não regeneram apenas membros perdidos, mas também partes do coração, pulmões e até mesmo do cérebro.
Liderada pelo biólogo James Monaghan, da Universidade Northeastern (EUA), uma equipe de pesquisadores usou axolotes geneticamente modificados para brilhar sob a luz do retinoato de sódio — uma forma ativa do ácido retinóico, derivada da vitamina A. O plano era rastrear, em tempo real, como esse composto químico guia as células para que elas “saibam” exatamente qual parte do corpo precisa reconstruir. (...)
A grande questão, porém, é: como as células sabem o que precisa crescer de volta? Um membro amputado no ombro, por exemplo, precisa gerar um braço inteiro; já não há antebraço, apenas a parte restante. É aí que entra o ácido retinoico. Ele funciona como um “GPS biológico”, segundo os pesquisadores.
No experimento, os axolotes foram anestesiados e submetidos a amputações cuidadosamente controladas. Alguns receberam um medicamento que bloqueia a enzima responsável pela degradação do ácido retinóico, a CYP26B1. O resultado mostrou que os animais regeneraram membros de forma errada — um braço superior surgiu no lugar de um antebraço, por exemplo. Já o grupo controle, sem o bloqueio da enzima, reconstruiu os membros corretamente.
“É como se a concentração do ácido dissesse à célula onde ela está no corpo”, explica Monaghan para o jornal americano. "Quanto mais ácido, mais próximo do centro. Menos ácido, mais distante."
Esse mapeamento químico ativa genes específicos, como o Shox, que são fundamentais para o desenvolvimento dos ossos em braços e pernas — tanto na formação embrionária quanto na regeneração. Segundo os cientistas, todos os humanos já utilizaram esses mesmos genes para formar seus membros no útero. A diferença é que axolotes conseguem reativá-los na vida adulta. (...)
MOURÃO, M. Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/axolote-cientistas-descobrem-como-animal-regenera-seu-corpo/. Acesso em: 12 de jun.2025. (Fragmento)
Considerando os movimentos referenciais no texto, assinale a alternativa cuja expressão destacada retome um referente discursivo.
O superpoder funciona mais ou menos assim: se um predador morde um pedaço do corpo do bichano (ou se um acidente cria alguma deficiência), basta ficar escondidinho por um tempo, esperando a parte do organismo crescer do zero. E eles não regeneram apenas membros perdidos, mas também partes do coração, pulmões e até mesmo do cérebro.
Liderada pelo biólogo James Monaghan, da Universidade Northeastern (EUA), uma equipe de pesquisadores usou axolotes geneticamente modificados para brilhar sob a luz do retinoato de sódio — uma forma ativa do ácido retinóico, derivada da vitamina A. O plano era rastrear, em tempo real, como esse composto químico guia as células para que elas “saibam” exatamente qual parte do corpo precisa reconstruir. (...)
A grande questão, porém, é: como as células sabem o que precisa crescer de volta? Um membro amputado no ombro, por exemplo, precisa gerar um braço inteiro; já não há antebraço, apenas a parte restante. É aí que entra o ácido retinoico. Ele funciona como um “GPS biológico”, segundo os pesquisadores.
No experimento, os axolotes foram anestesiados e submetidos a amputações cuidadosamente controladas. Alguns receberam um medicamento que bloqueia a enzima responsável pela degradação do ácido retinóico, a CYP26B1. O resultado mostrou que os animais regeneraram membros de forma errada — um braço superior surgiu no lugar de um antebraço, por exemplo. Já o grupo controle, sem o bloqueio da enzima, reconstruiu os membros corretamente.
“É como se a concentração do ácido dissesse à célula onde ela está no corpo”, explica Monaghan para o jornal americano. "Quanto mais ácido, mais próximo do centro. Menos ácido, mais distante."
Esse mapeamento químico ativa genes específicos, como o Shox, que são fundamentais para o desenvolvimento dos ossos em braços e pernas — tanto na formação embrionária quanto na regeneração. Segundo os cientistas, todos os humanos já utilizaram esses mesmos genes para formar seus membros no útero. A diferença é que axolotes conseguem reativá-los na vida adulta. (...)
MOURÃO, M. Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/axolote-cientistas-descobrem-como-animal-regenera-seu-corpo/. Acesso em: 12 de jun.2025. (Fragmento)
Considerando os movimentos referenciais no texto, assinale a alternativa cuja expressão destacada retome um referente discursivo.