A responsabilidade de todos os cidadãos pleiteada no texto constitucional, citado por Paulo Tadeu R. Rosa, é exatamente o que ocorre nas narrativas dos outros enunciadores dos discursos em análise.

Os fatos relatados por Rodrigo Martins dialogam com os de Ronaldo Soares e Roberta de Abreu Lima, já que entre eles existe um vínculo conteudístico muito próximo.

Alguns dados presentes no trabalho de Paulo Tadeu Rodrigues Rosa encontram correspondência, apenas e tão somente, nos registrados por Rodrigo Martins.

O narrado por Ronaldo Soares e Roberta de Abreu Lima apresenta-se inteiramente isento de comentários críticos, o que não ocorre com as demais.

O tema trabalhado pelos três autores desassocia suas produções textuais pela inexistência de qualquer liame que possa ser levado em consideração.

a inexistência de mortes, apesar do grande aparato militar na retomada do controle das áreas sob o jugo dos traficantes, no Rio, é prova inconteste de que habilidade estratégica não falta aos militares do país.

a megaoperação contra o tráfico nem sequer foi maculada por denúncia de abusos contra os habitantes dos morros ocupados pelo Estado.

a indiferença demonstrada pelos que transitavam no local do combate aos traficantes é reveladora da banalização da vida humana.

a ação militar, na ocupação do Complexo do Alemão, foi marcada por um comportamento ímpar, digno até de menção honrosa.

as comunidades agora sob a proteção das Unidades de Polícia Pacificadora passaram a fazer exigências ao governo carioca.

“ao crime” ( l.6-7) exerce a mesma função sintática que “à onda de ataques” ( l.16).

“sob o jugo dos traficantes” ( l.12-13) confere ao contexto uma ideia circunstancial inteiramente diferente da explicitada por “sem nenhum monitoramento” ( l.26).

“paulatina” ( l.18) — assim como “permanente” ( l.18) — qualifica “ocupação” ( l.17), só que denotando modo, diferentemente do segundo qualificador, que expressa tempo.

“Todo o episódio” ( l.21) é uma expressão que admite a supressão do termo “o”, sem comprometimento de natureza semântica.

“bem” ( l.36) é uma palavra que se opõe a “mal” ( l.37), tendo ambas, nesse caso, valor adverbial.

A declaração “Ali, onde a bandidagem havia montado seu principal centro de distribuição de drogas, armas e munição para morros cariocas, o Estado mostrou, finalmente, quem detém o monopólio da força." ( l.7-10) revela que o resultado obtido pelo Estado, no embate antes descrito, era desejado.

O período “Para alívio dos moradores da região, que enfrentavam um cotidiano de terror sob o jugo dos traficantes, policiais e fuzileiros navais retomaram o controle do território." ( l.11-14) encerra, dentre outras ideias, uma explicação.

A oração “como se referiam os marginais à onda de ataques'' ( l.15-16) introduz, no contexto em que se insere, através do conector “como", a causa do fato anteriormente anunciado, ou seja, do “ 'novembro negro' ".

A frase “Todo o episódio lança luz sobre as fragilidades da segurança pública brasileira." ( l.21-22) traduz uma opinião do enunciador do discurso sobre os acontecimentos enfocados.

A afirmativa “É preciso descer de uma vez por todas a mão de ferro do Estado sobre o crime organizado." ( l.33-34) foi estruturada com o uso de termos com sentido literal e figurado.

sofrimento e revolta.

crítica e inaceitação.

crença e resignação.

regozijo e tranquilidade.

constrangimento e desculpa.