Assim, o historiador Eric Hobsbawn chamou de curto o século XX porque, a rigor, o corte inicial, segundo ele, data de 1914, com a eclosão da 1ª Guerra Mundial, e o corte final ocorre em 1991, com o colapso da União Soviética.

Tomando como ponto de partida essa cronologia e com a vantagem da visão retrospectiva, podemos afirmar, em poucas palavras, que o século XX foi marcado pela tragédia.

Viremos a página para encarar o adolescente século XXI, com pouco mais de 11 anos de existência.

Certamente o ritmo da evolução democrática do mundo ocidental, apesar das ameaças crescentes ao direito das minorias, [...] não se compara com o quadro existente no Oriente Médio.

Aos nossos olhos, o processo histórico continua a ser um processo, mas menos codificado, mais cheio de surpresas, o que o torna mais atraente.

segmento desarticulado no contexto, sem relação sintático-semântica com o período anterior, fato que compromete a coesão textual

enumeração de fatos históricos que ilustram a visão de que o século XX foi marcado por tragédias.

citação de fatos que determinaram o final antecipado, cronologicamente, do século XX.

introdução, apenas por ênfase, de elementos desnecessários no contexto, por se tratar de redundância em relação à afirmativa anterior.

comentário pessoal, com viés pejorativo, assinalado pelo emprego de aspas em uma das palavras e pelo uso do substantivo horda.

A oração estendendo-se dos países do Golfo Pérsico à Argélia terá o mesmo sentido se for transformada em: dos quais a insatisfação campeia pelos países do Golfo Pérsico e da Argélia.

A frase interrogativa Quem poderia prever as revoltas dos povos árabes ...? pressupõe resposta inequivocamente negativa.

As vírgulas que isolam, no último período, o segmento tantas vezes repetida podem ser retiradas sem prejuízo da correção e do sentido original.

A relação sintática entre os dois períodos finais é estabelecida por meio de oposição.

A oração de que a cultura dos povos árabes é incompatível com a democracia articula-se sintatica- mente como complemento nominal da palavra afirmação.

contesta, de certa forma, o que diz no início sobre a periodização da História como um artifício para se delimitar, de algum modo, a passagem do tempo.

confirma, de modo inconteste, a opinião do historiador Eric Hobsbawn, que chamou de curto o século XX, delimitando-o entre 1914 e 1991.

conclui de modo coerente a explanação que se segue à convicção de que Clio já nos preparou uma surpresa, ao considerar fatos históricos recentes.

aceita a crença religiosa nas leis da História, ainda que considere a imprevisibilidade de eventuais ocorrências no processo histórico.

alude às dificuldades em analisar adequadamente os acontecimentos que vêm marcando o século XXI, sem a vantagem da visão retrospectiva.

O adolescente século XXI parece estar se transformando em um século a ser marcado por acontecimentos mais previsíveis do que o anterior, em que pese o anseio popular por regimes democráticos em todo o mundo árabe.

A opinião de que muito poucos dos vivos de hoje permanecerão vivos na próxima virada do século parece justificar uma aparente despreocupação do autor com o destino das populações do mundo árabe.

Comparando-se o ritmo da evolução democrática do mundo ocidental com o que ocorre no Oriente Médio, há coerência no aparecimento, em um e noutro, de manifestações de xenofobia e de não aceitação das minorias.

A referência às revoltas dos povos árabes constitui um recurso de argumentação que respalda a contes- tação da visão geral de que o mundo árabe é incompatível com a democracia.

A cronologia do século XX, proposta por Eric Hobsbawn, dificulta uma visão mais ampla e uma análise mais rigorosa dos acontecimentos trágicos que se sucederam, em especial, a emergência de regimes totalitários em várias nações.