Os referenciais orientadores do pensamento e da ação do serviço social em seus primórdios advinham do estruturalismo, que compreende a realidade social a partir de um conjunto de relações.

O ideário católico presente na gênese do serviço social brasileiro tem forte influência na formulação dos primeiros objetivos políticos e sociais da profissão, pautados pela superação das desigualdades sociais e pela transformação social.

A ocupação de um espaço na divisão sociotécnica do trabalho deu-se mediante um arranjo teórico doutrinário caracterizado pela junção do discurso humanista cristão com o suporte técnico‐científico inspirado na teoria social positivista.

No cerne do Movimento de Reconceituação, a vertente modernizadora caracterizou-se pela incorporação da abordagem fenomenológica, voltada a uma modernização conservadora e à melhoria do sistema por meio do desenvolvimento social e do enfrentamento da pobreza na perspectiva de integração social.

No início da década de 70 do século passado, com o Movimento de Reconceituação, a teoria social de Marx passou a ter forte interlocução com a profissão, já que, a partir de então, sua matriz teórico‐metodológica passou a compreender o ser social a partir de sua totalidade e do isolamento do indivíduo frente à dominação capitalista.

A formulação desses projetos não precisa necessariamente seguir as disposições da lei que regulamenta a profissão (Lei n.º 8.862/1993) e do Código de Ética do(a) Assistente Social.

O reconhecimento da dimensão técnico-administrativa do serviço social pressupõe a elaboração, em diferentes particularidades socioinstitucionais, de propostas comprometidas prioritariamente com as demandas institucionais.

A formulação dos referidos projetos envolve um conjunto articulado de atividades investigativas, interventivas e normativas que integram o exercício profissional em suas dimensões autônomas.

O projeto, entendido como a maior unidade do processo de planejamento, expõe o conteúdo das ações a serem desenvolvidas pelo profissional e deve estar voltado para o alcance dos objetivos e das finalidades institucionais.

A formulação desses projetos constitui uma organização sistemática das ações técnico-profissionais e ético-políticas em resposta às expressões da questão social com as quais o(a) assistente social se depara no exercício da profissão.

A observação é uma técnica de coleta de dados realizada a partir da observação e validada posteriormente, mediante discussão com pares e(ou) especialistas na temática.

A realização do pré-teste é importante para verificar se o instrumento de pesquisa apresenta fidedignidade, validade e operatividade.

A principal desvantagem do uso dos questionários é que, para serem considerados válidos, eles devem ser aplicados pelo pesquisador.

A entrevista é uma forma de diálogo simétrico que culmina em interação social.

Uma das desvantagens da entrevista é o fato de esse instrumento não exigir que a pessoa entrevistada saiba ler e escrever, o que pode resultar na obtenção de dados imprecisos.

Na lei de regulamentação da profissão, o exercício da assessoria/consultoria é apresentado tanto como uma atribuição privativa do(a) assistente social quanto como uma competência.

A assessoria caracteriza-se como um tipo de trabalho precarizado, sem vínculo trabalhista e geralmente realizado por profissionais recém-formados.

As origens da assessoria/consultoria no serviço social são recentes, pois estão vinculadas ao redimensionamento da profissão e à ocupação de novos espaços sócio-ocupacionais depois do ano 2000.

A assessoria é igual à supervisão, haja vista a relativa liberdade que o assessorado tem de aceitar ou recusar as propostas do assessor.

A assessoria, no campo do serviço social, ainda é entendida como um tipo de militância política, o que acaba por desvalorizar esse campo de atuação.

No Poder Judiciário, os(as) assistentes sociais lidam com diferentes situações conflitivas de vida da população no seu cotidiano, sendo um dos agentes por intermédio do qual o Estado intervém no espaço privado dos conflitos.

Ao atuar institucionalmente na intermediação das demandas da população usuária para acesso aos serviços sociais, esse profissional se coloca na linha de intersecção das esferas pública e privada, como um dos agentes de repressão pelo qual o Estado intervém no espaço doméstico dos conflitos.

Com o processo de mercantilização e descentralização das políticas sociais públicas, o espaço ocupacional do(a) assistente social foi ampliado para abranger atividades relacionadas a elaboração, implantação, acompanhamento e avaliação de programas e projetos.

Como assistentes sociais trabalham com diversas questões sociais, esclarecendo à população seus direitos sociais e os meios de ter acesso a eles, o significado desse trabalho não sofreria alterações mesmo se fosse realizado em uma lógica de compra e venda de serviços.

Historicamente, os(as) assistentes sociais dedicam-se à gestão de políticas públicas, especialmente na seguridade social, que é seu campo tradicional de atuação.