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Uma das mais importantes funções da lógica contemporânea é a análise do argumento para realizar o juízo de sua consistência. Assim procedendo, os lógicos encontraram diversas inconsistências argumentativas, as quais chamaram de falácias lógicas. Essas falácias possuem problemas em suas premissas ou em suas conclusões que não se adéquam às premissas. Uma das “falácias lógicas” mais utilizadas na discussão cotidiana contemporânea é o argumento “ad hominem”, o qual ocorre quando uma ideia é posta em dúvida por meio de um ataque contra a pessoa que o defende. A expressão ad hominem vem do latim e quer dizer contra o homem. Então, um argumento ad hominem ocorre quando uma ideia é posta em dúvida por meio de um ataque contra a pessoa que o defende. Ora, as razões devem ser avaliadas por seus próprios méritos e não necessariamente pelo caráter das pessoas que as emitiram. O uso dessa estratégia argumentativa gera graves problemas, sendo a principal sua consequência: excluir uma pessoa do debate sem discutir o seu argumento. Ocorre que, quando estamos numa discussão, temos obrigação de explicar porque discordamos e não tentar silenciar aquele que pensa diferente. Diante do exposto, analise as afirmativas abaixo.
I. Meu velho vizinho Eduardo afirmou ter visto um disco voador no seu quintal, porém sua formação educacional não passou da quarta série na escola e ele mal consegue ler ou escrever. O fato é que ele é completamente ignorante das pesquisas científicas sobre esse assunto, logo seu relato não pode ter qualquer fundamento na verdade.
II. O Marcus, notório machista, fez-me questão de mostrar estudos recentes nos quais pesquisadores afirmam que as mulheres têm uma intuição mais precisa em relação aos homens. A razão citada no estudo é que a intuição dos homens é frequentemente equivocada.
III. Aírton, você geralmente não toma as decisões corretas. O que é certo é o que é moralmente obrigatório. O que é moralmente obrigatório é o que você deve fazer. Então, você deve fazer algo porque é a coisa certa a fazer.
IV. Não me importa quais são seus argumentos; você está usando táticas do Mickey Mouse. Os argumentos que você dá são simplesmente baratos, cafonas e pertence ao senso comum.
Diante do exposto, assinale a alternativa que apresenta argumentos “ad hominen”.
Um dos conceitos fundamentais na filosofia de Jean-Paul Sartre é o conceito de “liberdade”. Considerando sua filosofia em articulação com esse conceito, analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) De acordo com Sartre, ser existencialmente livre significa a possibilidade de ser capaz de fazer ou ser qualquer coisa (levando em conta os limites de uma situação dada contingencial ou historicamente determinada) interpretando o mundo subjetivamente, independentemente de nosso treinamento ou educação.
( ) De acordo com Sartre, a escolha de acreditar que não somos livres e que somos determinados por forças sobre as quais não temos controle é, em si, uma escolha livre.
( ) Ao dizer que estamos “condenados a ser livres”, Sartre indica como o existencialismo trata os seres humanos como determinados por forças externas.
( ) Segundo Sartre, a “má-fé” é autocontraditória porque envolve a livre-escolha de um indivíduo em acreditar que não é livre.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
Aristóteles define a lógica como um método do discurso demonstrativo, que utiliza três operações da inteligência: o conceito, o juízo e o raciocínio. O conceito é a representação mental dos objetos. Juízo é um ato mental de afirmação ou de negação de uma ideia a respeito de outra. Durante a Idade Média, em especial durante o florescimento da escolástica (séculos XIII a XV) foram realizados notáveis progressos na lógica aristotélica. Essa lógica era apresentada segundo uma classificação das formas: “modus ponens”, “modus tollens”, etc. Dentre as alternativas abaixo assinale a alternativa, a qual corresponde ao “modus ponens” válido.
Analise o texto abaixo.
Aristóteles considerou Tales de Mileto como o “primeiro filósofo da natureza”
(Fonte: ARISTÓTELES, Metafísica, Livro I, cap.3,983 b 20-984 a 5).
A grande contribuição de Tales para a filosofia e a ciência é sua(s)/seu(s) ______, por meio do qual ele buscou explicações naturais e simples para os fenômenos naturais.
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna.
“A cultura não é um dom dos deuses aos mortais, como ensina o mito. Foram os homens que tudo descobriram pelos seus esforços inquiridores, e é por meio deles que vão acrescentando novos elementos à cultura. […] O cosmos da filosofia da natureza converte-se, por um movimento reflexo do desenvolvimento espiritual, no protótipo da eunomia da sociedade humana. É nele que a ética da cidade encontra a sua raiz metafísica.
(Fonte: JAEGER, W. Paidéia. Tradução de Artur M. Parreira.3.ed. São Paulo: Martins Fontes,1995, p.214 et seq.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre as relações entre mito e filosofia na Grécia Antiga, analise as afirmativas abaixo.
I. A filosofia é o pensamento racional separam-se dos mitos de forma gradual, ao longo do tempo, na Grécia Antiga.
II. Podemos considerar que o mito já era filosofia, uma vez que procurava respostas para problemas, os quais, até hoje, são objetos da pesquisa e indagação filosófica.
III. O mito é uma construção narrativa que se define pelo seu tema, pelo seu objeto e, principalmente, modo de narrar, o qual invoca elementos mágicos para descrever o homem e o mundo no qual ele habita.
IV. A filosofia acabou representando uma ruptura radical, imediata e permanente em relação aos mitos, transformando-se numa forma de pensar baseada na racionalidade e no empirismo, desde seu nascimento na Grécia Antiga até a contemporaneidade.
Estão corretas as afirmativas: