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“O currículo constitui um dispositivo no qual se concentram as relações entre a sociedade e a escola, entre os saberes e as práticas socialmente construídos e os conhecimentos escolares. Pode-se afirmar que os primeiros constituem as origens dos segundos. Portanto, os conhecimentos escolares provêm de saberes e conhecimentos socialmente produzidos nos chamados ‘âmbitos de referência dos currículos’.”

(Moreira e Candau,2008.)


Segundo os autores, são âmbitos de referência:

I. As relações de poder e conflitos interpessoais.

II. As formas diversas de exercício da cidadania e os movimentos sociais.

III. As instituições produtoras do conhecimento científico.

IV. O mundo do trabalho e os desenvolvimentos tecnológicos.

V. As atividades desportivas e corporais, a produção artística e o campo da saúde.


Estão corretas as afirmativas

Muito mais do que um conjunto de saberes dividido em áreas de conhecimento, disciplinas, atividades, projetos e outras formas de recorte, por sua vez hierarquizados em séries anuais ou semestrais, ciclos, módulos de ensino, eixos e outras formas de escalonar o tempo, o currículo é o coração da escola. Sobre as formas de organização curricular, é INCORRETO afirmar que:
No caderno currículo, conhecimento e cultura da série indagações sobre o currículo, Moreira e Candau propõem que se evidenciem, no currículo, a construção social e os rumos subsequentes dos conhecimentos, cujas raízes históricas e culturais tendem a ser usualmente “esquecidas”, o que faz com que costumem ser vistos como indiscutíveis, neutros, universais, intemporais. Isso significa
No mundo educacional, conceituações polissêmicas sobre expressões como “competências”, “pedagogia das competências” “aprender e ensinar competências” propagaram-se de forma acelerada em função do novo contexto histórico e cultural. O que consequentemente, demandou à escola uma ressignificação do ensino e aprendizagem para além da composição do currículo e dos conteúdos, com vistas a superação das dicotomias: memorizar e compreender; conhecimentos e habilidades; teoria e prática. A reconstituição desses conceitos, conferiu mudanças epistemológicas na noção de competência como processo de desenvolvimento e aprendizagem alicerçada sob os princípios educacionais e as múltiplas dimensões do saber, do ser e do saber fazer, como edificação da qualidade no processo educativo, que advém entre tantas exigências, do aprofundamento ético, epistemológico, social e afetivo no processo educativo.

ZABALA, Antoni; ARNAU, Laia. Como aprender e ensinar competências. Porto Alegre: Penso,2014. (adaptado)

Considerando como referência o texto apresentado e as ideias sobre competência de Zabala e Arnau, avalie as afirmações a seguir.

I. Em âmbito educacional o termo competência pode ser definido como intervenção eficaz nos diferentes âmbitos da vida, mediante ações nas quais se mobilizam componentes atitudinais, procedimentais e conceituais de maneira inter-relacionada.

II. Um dos aspectos significativos e relevantes no currículo escolar com base em competências está na aprendizagem dos conteúdos, através da simples memorização para sua compreensão.

III. Na perspectiva da pedagogia das competências, não existe uma metodologia própria para o ato de ensinar, mas condições gerais sobre como devem ser as estratégias metodológicas, entre as quais, todas devem ter um enfoque globalizador.

IV. Numa concepção crítica quanto ao processo de ensino e aprendizagem, a competência e conhecimentos são antagônicos.

V. Nos pressupostos do educar por competências o currículo representa a formação em aprendizagens que têm como característica fundamental a capacidade de serem aplicadas em contextos reais.

É CORRETO apenas o que se afirma em:
O currículo escolar como objeto de análise teórica e enfoque crítico do seu contexto de origem e evolução histórica até os dias atuais foi redefinindo significados e produzindo mudanças reais nas concepções e na prática. Percebe-se uma superação das concepções tradicionais permeadas de ideologias, relações de poder e valores, para caracterizá-lo como espaço de construção de saberes, geração de ideias, aceitação das subjetividades e projeção das identidades culturais.

Disponível em: https://www.editorarealize.com.br/edit ora/ebooks/conedu/2021/ebook2/TRA BALHO_EV150_MD7_SA100_ID8330_0 1112021154029.pdf. Acesso em: 17 nov.2023. (adaptado)

A partir de uma perspectiva crítica que assenta a reflexão de currículo como construção social e cultural, avalie as afirmações a seguir.

I. O currículo deve ser compreendido como experiência recriada nos alunos, através do qual eles podem desenvolver-se, ou seja, como um processo vivo e dinâmico que proporciona conteúdos e valores para que os alunos possam melhorar a sociedade em relação à sua reconstrução social.
II. No processo educativo o currículo deve ser visto como um discurso, uma narrativa particular do indivíduo e da sociedade, que explicita noções particulares sobre conhecimento, formas de organização da sociedade, sobre os diferentes grupos sociais.
III. A seleção do currículo quando se desliga da cultura extraescolar que rodeia o aluno que faz parte de sua história real, colocalhes uma distância entre o que a escola transmite e o que vive fora dela.
IV. O currículo numa perspectiva crítica se constitui como campo da cultura escolar dominante em nossas instituições educativas que prioriza o comum, o uniforme, o homogêneo.
V. O currículo como proposição de reconhecimento das identidades culturais deve promover na escola situações favoráveis à tomada de consciência sobre a construção da identidade cultural de alunos, professores e gestores, relacionando-a aos processos socioculturais do contexto em que vivem.
É CORRETO apenas o que se afirma em: