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“Na América Latina, e particularmente no Equador, sob o guardachuva da ‘interculturalidade’, os livros escolares respondem a uma política de representação que, incorporando muitas imagens de indígenas e povos negros, só servem para reforçar estereótipos e processos coloniais de racialização. Na formação docente, a discussão sobre a interculturalidade encontra-se, em geral, limitada ao tratamento antropológico da tradição folclórica. Em sala de aula, sua aplicação é, na melhor das hipóteses, marginal”.
Adaptado de WALSH, Catherine. Interculturalidade e decolonialidade do poder, Revista Eletrônica da Faculdade de Direito de Pelotas,2019.
A partir do trecho, e com base na obra citada, assinale a afirmativa correta sobre os conceitos de interculturalidade e decolonialidade aplicados ao ensino de história.
Em meio à violência decorrente da conquista espanhola na Mesoamérica, grupos indígenas formularam adaptações capazes de devolver sentido ao mundo, resistindo ao processo de conquista do seu imaginário. Para S. Gruzinski, o choque entre os dois povos exigiu uma série de reinvenções culturais por parte dos indígenas, que resultaram em uma “cultura mestiça e moderna”.
Com base na perspectiva de Serge Gruzinski a respeito da “colonização do imaginário”, estão corretas as opções a seguir, exceto uma. Assinale-a.
Segundo a historiadora Maria Ligia Prado, “Varnhagen e von Martius, ideólogos do Império, escreveram a história oficial do Brasil, e defendiam a monarquia que se opunha às ‘repúblicas caóticas’ da parte espanhola. Dessa maneira, estava clara a diferença que se devia estabelecer entre ‘nós’ e ’eles’, entre o Brasil e os demais países da América do Sul, onde campeavam a desordem, a desunião e a fragmentação, todas alimentadas pelas ideias republicanas”.
Adaptado de PRADO, Maria Ligia. O Brasil e a distante América do Sul. In Revista de História,145,2001, p.131-2.
A respeito das diferentes trajetórias das nações latinoamericanas após suas independências, com base no trecho citado, é correto afirmar que
Os homens que lideraram o processo nacional de independência política na América Latina, de uma maneira geral, estavam imbuídos do ideário burguês liberal como justificativa de seus atos. Alguns, penso eu, acreditavam profundamente naquilo que pregavam. Em nome das ideias de liberdade, igualdade jurídica, legitimidade de propriedade privada, dentre outras, fizeram a independência e aceitaram mesmo algumas alterações mais profundas nas relações sociais, porque tiveram que enfrentar situações limites. (PRADO,1994. P.70.)
Além do ideário burguês liberal, que permeou grande parte dos processos de independência da América Latina e a formação de seus Estados Nacionais, podemos destacar como ponto comum desse contexto:
Porém, para aqueles que não dispunham de recursos, quer econômicos, quer culturais, os novos tempos não trouxeram benesses ou regalias. Reformas sociais de peso, terra, salários dignos, participação política, educação popular, cidadania, respeito às diferenças, tudo isso teria de esperar. As ações de governos autoritários cobririam e deixariam suas marcas registradas na América Latina durante a maior parte do século XIX. Os “de baixo” teriam de se organizar, lutar, sofrer e morrer para alcançar seus objetivos. Não foram as lutas de independência que mudariam sua vida. (Maria Ligia Coelho Prado. América Latina no século XIX: Tramas, telas e textos)
A respeito do processo de Independência da América espanhola, é correto afirmar que