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“Em toda a parte onde [o inglês] domine e impere, todo o esforço consiste em reduzir as civilizações estranhas ao tipo da sua civilização anglo-saxônica. O mal não é grande quando eles operam sobre a Zululância e sobre a Cafraria, nessas vastidões da Terra Negra, onde selvagens e a sua cubata mal se distinguem das ervas e das rochas, e são meros acessórios da paisagem: aí encontram apenas uma matéria bruta, onde nenhuma anterior forma de beleza original se estraga, quando eles a refundem para a fazer à sua imagem. Vestir o desventurado rei negro Cetewayo, como eles agora fizeram, de coronel de infantaria, obrigar os chefes do Basutos a saber de cor os nomes da família real inglesa, são talvez actos de feroz despotismo, mas não deterioram nenhuma primitiva originalidade de linha ou de ideia.” [QUEIROZ, Eça. Cartas da Inglaterra]
O texto do escritor português Eça de Queiroz ressalta concepção difundida durante a chamada pax britânica, que seria:
No contexto da Expansão Ultramarina Europeia dos séculos XV e XVI, pode-se afirmar que:
O termo Imperialismo foi utilizado pela primeira vez na década de 1870, na Inglaterra vitoriana, dando o nome a uma política orientada para criar uma federação imperial baseada no fortalecimento da unidade dos Estados autônomos do Império. Vinte anos depois, em 1890, no decorrer das discussões sobre a conquista colonial, integrando a dimensão econômica que permanece até os dias atuais, passou a fazer parte do vocabulário político e jornalístico. [...] Mas é necessário destacar que os fenômenos ligados ao termo Imperialismo têm em comum o fato de se referirem a uma expansão por parte dos Estados caracterizada por forte assimetria e violenta dominação que se manifesta de formas diversas, como nas relações de preponderância das metrópoles sobre as áreas de influência, protetorados e colônias, ou como no pós-1945, entre os Estados Unidos da América, e a União Soviética e os Estados integrantes dos dois blocos hegemônicos liderados por essas potências.
(HERNANDEZ, Leila Leite. A África na sala de aula: visita à história contemporânea. São Paulo: Selo Negro,2008. p.71 e 73.)

Nos contextos descritos anteriormente, o Imperialismo:
“… Nós conquistamos a África pelas armas… temos direito de nos glorificarmos, pois após ter destruído a pirataria no Mediterrâneo, cuja existência no século XIX é uma vergonha para a Europa inteira, agora temos outra missão não menos meritória, de fazer penetrar a civilização num continente que ficou para trás…"

A partir da citação anterior, analise as afirmativas:

I. Os europeus em geral classificavam os povos que viviam no continente africano, asiático e em outros continentes como primitivos para justificar a ocupação territorial e a submissão que utilizavam.

II. A ideia de levar a civilização aos povos considerados bárbaros estava presente no discurso dos que defendiam a política imperialista.

III. Para os europeus, civilizar consistia em povoar e partilhar a cultura com os povos de outros continentes, assim desenvolveram a origem da globalização.

IV. Uma das preocupações dos estados nacionais europeus era justificar a ocupação dos territórios, apresentando os melhoramentos materiais que beneficiariam as populações nativas.

Estão corretas apenas as afirmativas:

Novos países emergiram da luta contra o colonialismo [...]. Tratava-se de um processo de mudança que teve inicio logo após o término da guerra na Europa, e se intensificou na década de 1950 [...]. Os impérios coloniais construídos, em grande parte, no século XIX, pareciam iniciar, de fato, um processo de liquidação. Na África, na Índia, Indonésia, era como se ingleses, franceses, belgas, portugueses e holandeses começassem a sentir que a dominação do homem branco sobre o planeta terra entrava em fase de extinção. (LINHARES, Maria Yedda. Descolonização e lutas de libertação nacional . IN: REIS, Daniel Aarão; FERREIRA, Jorge e ZENHA, Celeste. O século XX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,2002, p.40-41).
Os processos de descolonização da Ásia e da África referidos no texto ocorreram no pós-guerra, num contexto em que