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Desde Frei Vicente de Salvador iniciara-se a construção da imagem de absoluta exploração e pilhagem dos portugueses nas terras coloniais da América. Também inaugurava-se a imagem da incompetência administrativa portuguesa no Brasil, base do não desenvolvimento material e da permanência do atraso cultural brasileiros. Este argumento atravessaria os séculos XVII, XVIII e XIX, encontrando forte ressonância ainda no século XX. (Eduardo França Paiva. “De português a mestiço: o imaginário brasileiro sobre a colonização e sobre o Brasil”. Em: Lana M. de C. Simam e Thais N. de L. Fonseca (orgs.). Inaugurando a História e construindo a nação. Discursos e imagens no ensino de História. Adaptado)

Sobre esse debate, segundo o artigo citado, há historiadores no Brasil que, com a contribuição da História Cultural, têm comprovado
A estratégia lusitana de consolidação e ampliação da América portuguesa assentou-se, do ponto de vista geopolítico, num tripé: na escolha da Bahia para sede do governo geral, na fundação de São Paulo e na criação de São Sebastião do Janeiro. (Jorge Couto, A gênese do Brasil. Em: Carlos Guilherme Mota (org). Viagem incompleta. A experiência brasileira. Formação: histórias (1500-2000). Adaptado)
O objetivo português em fundar São Paulo relaciona-se com o interesse em
Em sua obra Desagravos do Brasil e glórias de Pernambuco, datada de 1757, o padre Domingos Loreto Couto afirma: “Não é fácil determinar nestas províncias quais sejam os homens da plebe, porque todo aquele que é branco na cor, entende estar fora da esfera vulgar. Na sua opinião, o mesmo é ser alvo, que ser nobre, nem porque exercitam ofícios mecânicos perdem essa presunção [...]. O vulgo da cor parda, com o imoderado desejo das honras de que o priva não tanto o acidente, como a substancia, mal se acomoda com as diferenças. O da cor preta tanto que se vê com a liberdade, cuida para que nada mais lhe falta para ser como os brancos.” (Carlos Guilheme Mota. Viagem Incompleta – formação: histórias).
Segundo o texto, a dificuldade em determinar quem são os homens da plebe na província de Pernambuco em meados do século XVIII deve-se
“Este Brasil já é um novo Portugal”. Esta afirmação do Padre Fernão Cardim corresponde, segundo o historiador Evaldo Cabral de Melo (in: Viagem Incompleta – formação: histórias), a um processo de construção de identidade das populações da América portuguesa que pode ser definido como
Segundo Prodanov: “Absolutismo e Mercantilismo são dois parceiros que andarão juntos durante a Idade Moderna, até que a burguesia deixe de apoiar o rei e sua política e torne-se revolucionária”.
(Cleber Cristiano Prodanov. O Mercantilismo e a América. São Paulo: Contexto,1998, p.16.)
A junção de Absolutismo e Mercantilismo caracterizou a Idade Moderna e recebeu o nome de Antigo Regime. A respeito do Antigo Regime e utilizando-se dos dizeres da citação, assinale, a seguir, os motivos que levaram a burguesia a apoiar e, posteriormente, abandonar o rei.