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Miguel, supervisor de ensino em um município paulista, assessorou a equipe técnica de uma das escolas sob sua supervisão na organização de estudos, nos horários de trabalho pedagógico coletivo (HTPC), sobre a teoria psicogenética de Jean Piaget. Logo no primeiro encontro, os docentes indagaram sobre a suposta oposição entre as concepções de Piaget e de Vygotsky a respeito do desenvolvimento humano e da aprendizagem, no que foram esclarecidos, com base em Castorina (2005), que essa oposição é um equívoco que se deve a leituras superficiais das pesquisas de ambos. Outro esclarecimento inicial, com apoio em La Taille (in La Taille, Oliveira e Dantas,1992), foi o de que Piaget afirma, na obra Études Sociologiques, ser o desenvolvimento intelectual, desde o nascimento, obra simultânea
Os supervisores de ensino de Samambaiaçu vêm acompanhando as tentativas das escolas para implantar práticas avaliativas que favoreçam o diálogo do ensino com a aprendizagem dos alunos, sem que alcancem progressos significativos. Reuniram-se, então, para debater as causas disso e, entre elas, encontraram a política de avaliação unificada implantada nacionalmente, pois ela faz com que os professores e as escolas, a fim de evitarem o fracasso nas provas e suas consequências, priorizem, no cotidiano, os conteúdos sugeridos nos programas emanados dos órgãos oficiais e presentes nos livros didáticos. Frente à constatação feita, os supervisores concluíram que, como colocam Oliveira e Pacheco (in Estebán, org.,2005), o grande desafio que hoje é posto para as escolas e para o corpo docente é o de superar
Maurício, supervisor de ensino, constatou, junto à equipe de direção de uma escola de seu setor, que, para atender às diretrizes curriculares expressas na Resolução CNE/CEB nº 04/2010, os educadores da escola precisariam discutir questões ligadas ao currículo. Cumprindo seu papel legal, assessorou a equipe gestora na organização de sessões de estudo com esse objetivo, valendo-se do texto de Moreira e Candau (in Moreira e outros,2007). As leituras e debates levaram a equipe a compreender que tal tema não poderia ser analisado fora da interação dialógica entre escola e vida, considerando o desenvolvimento humano, o conhecimento e a cultura. Nessa perspectiva, segundo esses autores, as decisões sobre as práticas curriculares devem levar em consideração as relações sociais e de poder. Entendendo que o desenvolvimento do currículo envolve a produção de conhecimento e não só sua transmissão, aquelas decisões devem apoiar-se no debate sobre os conhecimentos escolares, os procedimentos pedagógicos, as relações sociais, os valores e
Celestino Alves da Silva Jr. (in Ferreira, org.,2000) aborda, no capítulo 10 (Supervisão, Currículo e Avaliação), o percurso histórico dos estudos sobre a orientação/ supervisão pedagógica ou escolar no Brasil, os quais nasceram nos anos 60 vinculados aos estudos de currículo. O autor percorre diferentes períodos/contextos históricos da educação escolar brasileira, examinando as mudanças na atuação desse orientador/supervisor pedagógico, tanto no âmbito da escola, como no dos estudos sobre a supervisão, e mostra, em síntese, que a relação desse orientador/supervisor com os professores só pode ser pensada no conjunto das determinações da educação escolar, em cada contexto. Silva Jr. aponta que há um novo desafio para a legitimidade da função supervisora, o qual decorre da discussão atual sobre currículo, dinamizada por três ideias-força:
O trabalho docente corresponde à atividade fim do sistema educacional e, assim como em todo trabalho em sistemas organizados, sofre prescrições que se aplicam uniformemente a todos os que o desenvolvem. Benetti (in Thurler e Maulini,2012) denomina o trabalho pedagógico de “improvisação regrada”, porque ele é exercido pelo professor considerado como