A um grande êxodo rural, ocorrido devido à propaganda institucional que o governo propalava sobre o crescimento do Brasil, e a erradicação da pobreza. Com a grande demanda de trabalho nos grandes centros urbanos que não exigia mão de obra especializada, os imigrantes tiveram melhoras salariais e assim encorajaram outros a migrarem também.

A industrialização na década de cinquenta, que causou outro êxodo rural vindo da região nordeste do país.

A chegada dos imigrantes italianos e espanhóis na década de 60 e 70.

Aos êxodos rurais que ocorreram com a construção de Brasília no Planalto Central.

Durante séculos o Brasil como um todo foi um país agrário. O Recôncavo da Bahia e a Zona da Mata do Nordeste, ensaiaram, antes do restante do território, um processo de urbanização.

Entre 1940 e 1980 dá-se a verdadeira inversão quanto ao lugar de residência da população brasileira, do campo para as cidades, com um aumento significativo da taxa de urbanização, passando de 26,35% em 1940, para 68,86% em 1980.

A complexa organização territorial e urbana do Brasil guarda profundas diferenças entre suas regiões, com histórica e significativa concentração urbana na região Nordeste do Brasil.

A partir dos anos 1970, o processo de urbanização alcança novo patamar, o estágio da metropolização, com o aumento considerável do número de cidades milionárias e de grandes cidades médias.

Com diferença de grau de intensidade, todas as cidades brasileiras exibem problemáticas parecidas. São problemas como os do emprego, da habitação, dos transportes, do lazer, da água, dos esgotos, da educação e saúde. Quanto maior a cidade, mais visíveis se tornam essas mazelas.

A forma de organização geográfica da sociedade brasileira atual tem sua origem na disponibilização que fatia o espaço indígena em grandes domínios de propriedade, instituindo a colonização portuguesa à base de um poder do colono, a um só tempo, fundiário, territorial e político.

Sobre a base da relação terra-território-senhorio, regente de uma nova estrutura de relação homem-espaço-natureza, ergue-se uma sociedade rural com as janelas da casa-grande abertas para a entrada dos traços culturais de um mundo em franco caminho de integração (século XVIII).

Virado o século XVIII para o século XIX, o sistema colonial finda e uma nova arrumação do espaço brasileiro se estabelece. De um lado altera-se o arranjo institucional do Estado nacional e, por outro lado, o arranjo econômico-demográfico, com a reafirmação cafeeira da centralidade plantacionista.

Surgida sob a égide dos últimos ciclos agrícolas, a indústria se organiza na fase inicial (1870-1950) com um perfil estrutural que primeiro reproduz o arranjo disperso e pouco diversificado da organização plantacionista. Aos poucos se automatiza e torna-se o centro da nova ordem de organização do espaço brasileiro.

Simultâneo ao deslocamento que diminui o ritmo expansivo das cidades médias e pequenas, ao tempo que ainda acelera o das cidades metropolitanas, a disseminação agroindustrial traz para seu centro o movimento das concentrações.

Pelourinho (Salvador).

Santa Teresa (Belo Horizonte).

Vale do Anhangabaú (São Paulo).

Parque Olímpico (Rio de Janeiro).

a formação de periferias dominadas por condomínios.

o aumento da população urbana em relação à população rural.

o processo de deslocamento do homem do campo para a cidade.

o aumento das regiões metropolitanas causado pelo crescimento vertical das cidades.

o recuo da participação da população urbana na população absoluta.